ADN acusa PAN de querer impor mulher à frente do Governo Regional "unicamente pelo género"
O partido ADN lança duras críticas ao PAN, a quem acusa de querer impor uma agenda “Woke” à força, uma vez que "pretende uma mulher para presidente do Governo, apenas escolhida unicamente pelo género e não pelas capacidades, que até as pode ter ou não". O PAN, por mais do que uma vez, já demonstrou que seria satisfatório, pela primeira vez, ter uma mulher à frente do Governo madeirense.
No seguimento dessas declarações, o presidente do partido ADN, "considera que a lei da paridade, que tenta introduzir quotas para garantir a representação equitativa de homens e mulheres em órgãos governamentais, não protege nem os direitos das mulheres, nem os dos homens, pelo contrário, e também não garante que sejam os mais capazes a ser escolhidos, porque, por exemplo, no caso das listas de candidatos para as eleições legislativas ou regionais, não podemos ter uma lista composta por 60% de mulheres, o que representa uma medida discriminatória e prejudicial à meritocracia".
"Continuar com medidas protecionistas deste calibre é o mesmo que dizer que as mulheres não têm as mesmas ou mais capacidades do que têm os homens e que precisam que os homens as defendam com leis que renegam a meritocracia, pois as mulheres devem ter a liberdade de concorrerem em igualdade de condições, sem a necessidade de medidas especiais para garantir a representação de género, pois têm provado que, em muitas situações, superam os homens”., diz Bruno Fialho.
O coordenador do ADN-Madeira afirma que a escolha do próximo presidente do Governo Regional não se pode basear mais no género, do que nas qualificações individuais, algo que considera ser aquilo que o PAN pretende fazer. "Para além disso, fica em causa a credibilidade da nossa Autonomia Regional, que foi conseguida a muito custo, pelo que, a escolha de um novo presidente regional, embora sendo «um mal necessário», deve ser tratado com mais cuidado e ponderação, pelo que, o ADN rejeita, num primeiro momento, a interferência da presidente do PAN nacional, e, depois, recusamos a infantilidade e o extremismo das políticas Woke defendidas pela líder regional do PAN", afirma Miguel Pita.
"A Região Autónoma da Madeira necessita de um presidente que consiga suster a derrocada que está a acontecer, para que o povo não saia ainda mais prejudicado. Mas, para isso precisamos do melhor dos melhores, independentemente de ser homem ou mulher, e não escolher alguém com base no critério do género", termina.