Tropas dos EUA na Síria alvo de mísseis após ataque mortal na Jordânia
As forças norte-americanas e da coligação anti-'jihadista' na Síria foram hoje alvo de mísseis, disse um alto funcionário militar dos Estados Unidos da América, um dia após a morte de três soldados americanos num ataque de 'drone' na Jordânia.
"Vários mísseis foram lançados contra as forças dos EUA e da coligação na base de Shaddadi" no nordeste da Síria, disse o alto oficial militar, sob condição de anonimato, citado pela agência France-Presse.
"Não foram relatados feridos nem danos à infraestrutura", acrescentou.
Washington está a enviar cerca de 2.500 soldados para o Iraque e 900 para a Síria, como parte de um sistema destinado a lutar contra um possível ressurgimento do grupo extremista Estado Islâmico.
Desde meados de outubro, as forças norte-americanas têm enfrentado uma onda de ataques, a maioria reivindicados por combatentes de grupos armados pró-Irão, que afirmam que está a agir em retaliação pelo apoio dos Estados Unidos a Israel na sua guerra contra o Hamas em Gaza.
As forças dos EUA e da coligação foram atacadas pelo menos 165 vezes desde meados de outubro, incluindo 66 vezes no Iraque, 98 vezes na Síria e uma vez na Jordânia, utilizando uma "mistura" de ataques de 'drones' (aeronaves sem tripulação), mísseis, morteiros e mísseis balísticos de curto alcance, segundo o alto oficial militar norte-americano.
O ataque de domingo atingiu a Torre 22, uma base logística em território da Jordânia. Os três soldados mortos representam as primeiras vítimas mortais de soldados norte-americanos num ataque desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, em 07 de outubro.
Estas perdas norte-americanas aumentam ainda mais os receios de uma escalada na região, à medida que os combates se intensificam na Faixa de Gaza, bombardeada e sitiada por Israel.
A Casa Branca prometeu na segunda-feira uma retaliação "consequente" por este ataque.