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Investigação Judicial Madeira

Interrogatório do caso da Madeira novamente adiado

Arguidos passam mais uma noite detidos na PJ

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Foto MP

O primeiro interrogatório judicial dos três arguidos detidos no âmbito do processo de alegada corrupção na Madeira foi adiado pela terceira vez consecutiva.

Pedro Calado, Avelino Farinha e Custódio Correia foram presentes esta segunda-feira, 29 de Janeiro, ao Tribunal Central de Investigação Criminal, em Lisboa, para serem ouvidos pelo juiz de instrução criminal, mas acabaram por passar a tarde reunidos com os advogados de defesa para tratar de requerimentos.

A inquirição foi novamente remarcada, desta vez para as 10h30 de amanhã, terça-feira.

Os arguidos vão passar mais uma noite, a sexta, nos calabouços da Polícia Judiciária.

O juiz de instrução criminal Jorge Bernardes de Melo, que está a conduzir o processo atribuído por sorteio, vai atribuir as medidas de coacção após a conclusão do primeiro interrogatório judicial. O advogado do autarca demissionário do Funchal previa hoje que tal poderia acontecer no final desta semana, uma estimativa que poderá ser alterada tendo em conta os sucessivos atrasos no início da fase de inquérito.

Face à complexidade do caso, a previsão é de que esta fase de inquérito demore várias horas por arguido. Segundo fonte judicial, a inquirição deverá começar por Custódio Correia, seguido de Avelino Farinha e, por último, Pedro Calado.

As investigações do Ministério Público envolveram buscas domiciliárias e não domiciliárias em cerca de 60 locais, 45 dos quais na Madeira. Em causa estão factos ocorridos a partir de 2015, susceptíveis de consubstanciar crimes de atentado contra o Estado de direito, prevaricação, recebimento indevido de vantagem, corrupção passiva, corrupção activa, participação económica em negócio, abuso de poderes e de tráfico de influência.

No âmbito deste caso, foi ainda constituído arguido o agora demissionário presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, que admitiu pedir o levantamento da imunidade de que goza pelo cargo que ocupava, até então, e por ser conselheiro de Estado.