Cresce convicção de que Marcelo vai usar 'bomba atómica' na Madeira
Presidente da República deverá replicar decisão tomada na República
O Presidente da República deverá mesmo dissolver a Assembleia Legislativa da Madeira em finais de Março. A convicção cresce não só junto de fontes próximas do Palácio de Belém, como de vários dirigentes do PSD-M, que não querem dar a cara neste momento.
A percepção cada vez mais profunda é que Marcelo Rebelo de Sousa vai ser “coerente” com a receita aplicada na República, com a demissão do primeiro-ministro António Costa e replicá-la na Madeira, na sequência da eventual saída de Miguel Albuquerque, que é hoje recebido pelo Representante da República, no Palácio de São Lourenço.
As fontes
contactadas pelo DIÁRIO asseguram que a cúpula do PSD-M não decidiu “rigorosamente
nada” durante o fim-de-semana quanto a substitutos, estando neste momento
vários cenários em aberto. Um deles, porventura o mais forte, é o de
Albuquerque ficar até à aprovação do Orçamento da Região, com a garantia de que
o PAN aprova o documento e não vota a favor de uma moção de censura na ALM. Depois,
sucede-lhe um secretário regional na liderança do Governo até à convocação de
eleições antecipadas. O substituto de Albuquerque terá um período curto de
liderança, ficando praticamente em gestão.
Depois a Região mergulhará em período eleitoral, como desejam todos os partidos
da oposição.
Outro cenário que está praticamente posto de lado é o de garantir a governação até 2028, com um executivo renovado. Perante os sinais dados este fim-de-semana, com os comentários dos conselheiros de Estado Marques Mendes e Lobo Xavier a coincidirem quanto à dissolução do parlamento regional, o estado de alma junto dos dirigentes do PSD-M esmoreceu, colocando-se agora a pertinência de ser encontrado um novo líder para o PSD-Madeira. Com Albuquerque fora da corrida e Pedro Calado detido para interrogatório, as diversas sensibilidades internas começam a posicionar-se para lançarem uma nova personalidade na corrida à presidência. Em dia de Conselho Regional ninguém se atreve em falar de nomes, mas em diversos circuitos, começam a sobressair as preferências dos dirigentes.