O número de constituições de empresas na Região Autónoma em 2023 foi "o mais elevado dos últimos 19 anos e o saldo entre constituições e dissoluções foi o mais alto desde 2005", informa a Direção Regional de Estatística esta manhã, no balanço da dinâmica empresarial registada no ano passado. O número de constituições (1.363) superou o das dissoluções de sociedades (650), registando-se uma diferença positiva de 713, ou seja mais do dobro.

"Segundo os dados fornecidos pela Direção Geral da Política de Justiça ao Instituto Nacional de Estatística, "comparativamente a 2022, observaram-se mais 46 constituições e menos 171 dissoluções", salienta a DREM. Aliás, "no ano de 2023, o rácio entre constituições e dissoluções na RAM foi de 2,10, inferior ao valor observado para o país (3,45)", ainda assim superior ao do ano anterior, quando o rácio tinha sido de 1,60 (inferior ao d país, 2,24).

"Desagregando os dados de acordo com a Atividade Económica das sociedades constata-se que para o saldo global positivo no ano em referência, contribuíram essencialmente o 'Alojamento, restauração e similares' (+144), as 'Atividades imobiliárias' (+136), a 'Construção' (+84), as 'Atividades de informação e de comunicação' e as 'Atividades administrativas e dos serviços de apoio' (ambas com +75). Em sentido inverso, as atividades com saldo negativo foram apenas as 'Outras atividades de serviços' (-4) e as 'Indústrias extrativas' (-1)", resume.

De referir que "o número de constituições foi superior ao de dissoluções nos 11 municípios da RAM", destacando "no Funchal (877 contra 477), Santa Cruz (143 contra 60), Calheta (60 contra 11), Câmara de Lobos (77 contra 37), Ponta do Sol (41 contra 7), Ribeira Brava (39 contra 13), Porto Santo (30 contra 5), Machico (53 contra 30), São Vicente (20 contra 6), Santana (14 contra 3) e Porto Moniz (9 contra 1)".

Foto DREM

Analisando apenas os últimos três meses do ano (4.º trimestre), "registou-se no mesmo um saldo positivo entre a constituição e a dissolução de sociedades (+187). Comparativamente ao 4.º trimestre de 2022, em que o saldo havia sido (+71), notou-se que o número de constituições de novas sociedades aumentou (de 279 para 341) e as dissoluções diminuíram (de 208 para 154). Por atividade, observa-se que o saldo positivo mais pronunciado vem do 'Alojamento, restauração e similares' (+43), das 'Atividades imobiliárias' (+31), do 'Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos' (+22), das 'Atividades de informação e de comunicação' (+20) e dos 'Transportes e armazenagem' (+17). Em sentido inverso, as 'Indústrias extrativas' (-2), a 'Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca', as 'Atividades financeiras e de seguros', a 'Educação' e as 'Outras atividades de serviços', (estas últimas com um saldo de -1) foram as únicas em que o número de dissoluções ultrapassou o de constituições", frisa.

Conclui a DREM que "em relação aos municípios que mais contribuíram para o valor do saldo global no 4.º trimestre de 2023 foram o Funchal (+133), Santa Cruz (+18), Calheta (+12) e Machico (+9)".