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Madeira

‘Marítimo Nacional União da Madeira FC’, o clube que não saiu do papel

Recorde a edição de 29 de Janeiro de 1997, neste 'Canal Memória'

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Foi há 27 anos que surgiu um projecto do Governo Regional que passava pela fusão dos clubes madeirenses e criação de um único clube, gerido pelo Governo Regional. O Marítimo Nacional União FC acabou por não sair do papel.

Já a sociedade desportiva deveria chamar-se Marítimo Nacional União da Madeira Futebol Clube, SA. Era desta forma que o secretário regional de Educação, com a tutela do desporto, Francisco Santos, pretendia juntar os clubes com mais expressão na Região, apostar no futebol, mas não deixando de lado os nomes que tanto diziam aos madeirenses.

No entanto, o Governo Regional garantia que os salários não seriam milionários como noutros clubes de topo, até porque a maior fatia de orçamento seria para os prémios de jogo, ou seja, uma espécie de recompensa pelos bons resultados. Este clube teria vários equipamentos alternativos: verde-encarnado, preto-branco e amarelo-azul, como ‘homenagens’ aos ‘antigos’ clubes. As assembleias dos clubes tinham que aprovar, mas pairava a ideia de que esta era a única solução, correndo o risco dos clubes “fecharem as porta”.

Esta era, todavia, uma fusão que apenas passava pelo futebol. As restantes modalidades e as escolas de formação de futebol ficavam pendentes dos próprios clubes.

“O Governo não está para aguentar as equipas da Madeira numa simples luta para não descer de divisão”, admitia uma fonte do Governo Regional ao DIÁRIO em 1997.

Os presidentes pareciam estar de acordo e a ‘batata quente’ passava para as mãos dos sócios, que deveriam votar o futuro do clube. A verdade, como se sabe, é que este projecto acabou por nunca sair do papel, com os clubes a manterem-se.