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Líder norte-coreano Kim Jong-un supervisionou testes de mísseis de cruzeiro

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Foto DR/Arquivo

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, supervisionou pessoalmente testes de dois mísseis de cruzeiro lançados sábado a partir de um submarino, anunciou a agência de notícias estatal KCNA.

"Os mísseis de cruzeiro voaram acima do mar do Leste (...) para atingir o alvo insular" no domingo, informou a KCNA esta noite (segunda-feira em Pyongyang).

O exército sul-coreano anunciou hoje que a Coreia do Norte disparou vários mísseis de cruzeiro, numa altura de tensões crescentes entre os dois vizinhos da península coreana.

"O nosso exército detetou vários mísseis de cruzeiro não identificados disparados perto das águas [perto da cidade] de Sinpo, na Coreia do Norte, às 08:00 [23:00 de sábado em Lisboa]", declarou o Estado-Maior sul-coreano em comunicado.

Esta semana, Pyongyang lançou mísseis de cruzeiro na direção do mar Amarelo, a oeste da península coreana, alegando tratar-se de uma nova geração de mísseis estratégicos de cruzeiro.

Os serviços secretos sul-coreanos e norte-americanos estão a analisar o lançamento e a acompanhar de perto outros movimentos e atividades da Coreia do Norte.

Os testes de mísseis de cruzeiro, que voam na atmosfera, não estão sujeitos às sanções impostas à Coreia do Norte pela ONU. Ao contrário dos mísseis balísticos, cuja trajetória é essencialmente no espaço.

Na quinta-feira, um dia depois de Pyongyang ter disparado mísseis de cruzeiro, sem especificar um número, a agência de notícias oficial da Coreia do Norte KCNA afirmou que o teste fazia parte de "um processo de atualização constante do sistema de armas e de uma atividade regular e obrigatória".

"O teste de disparo não teve qualquer impacto na segurança dos países vizinhos, nem estava relacionado com a situação regional", afirmou.

As tensões entre Pyongyang e Seul aumentaram acentuadamente nos últimos meses. Os dois países inimigos renegaram acordos alcançados em 2018 para evitar incidentes armados e aumentaram recursos militares na fronteira.

Kim Jong-un afirmou, na passagem de ano, que península coreana está "cada vez mais perto de um conflito armado" e na semana passada ordenou a retirada de símbolos de reconciliação com a Coreia do Sul, apelidada de "inimigo principal invariável" e "fantoche de primeira classe".

Em resposta, o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, indicou que os comentários de Kim mostram a natureza "antinacional e anti histórica" da administração norte-coreana, afirmando que o seu país mantém a prontidão em termos de defesa e vai punir o Norte "múltiplas vezes", se houver provocação.