Marques Mendes critica “aparato logístico” que levou a crise política na Madeira
Sem questionar a validade da investigação que o Ministério Público, através da Polícia Judiciária (PJ), desencadeou na Madeira, no final da semana passada, por suspeitas de corrupção de vários políticos e empresários, Luís Marques Mendes não deixa de criticar o "aparato logístico" que foi desencadeado, pedindo mesmo uma explicação pública para o sucedido.
No habitual comentário semanal, no 'Jornal da Noite' da SIC Notícias, o antigo líder do Partido Social Democrata (PSD) interrogou-se, também, sobre a fuga de informação para alguns meios de comunicação social nacionais, já que, conforme lembrou, souberam da realização das buscas no dia anterior a elas acontecerem, tendo mobilizado vários meios para acompanhar essa acção, na Madeira.
Alinhando nas críticas hoje tornadas públicas pelos antigos procuradores-gerais da República em relação a esse 'modus operandi', José Cunha Rodrigues e José Souto Moura, Marques Mendes deixou claro, igualmente, a sua concordância com a demissão de Miguel Albuquerque. Só acha que a mesma poderia ter acontecido mais cedo e por iniciativa própria.
O comentador não assume uma posição em relação a uma possível decisão do Presidente da República, em relação à crise política da Madeira, nomeadamente no que toca à dissolução do parlamento e consequentes eleições antecipadas. Nesse aspecto ressalva as diferenças que existem entre o caso de António Costa e o de Miguel Albuquerque.
Marques Mendes não coloca de parte a possibilidade de o ainda presidente do Governo Regional se manter em funções até à aprovação do Orçamento Regional, à semelhança do que aconteceu com o Governo da República.