Finlandeses elegem novo presidente pouco depois de adesão à NATO
Os finlandeses vão hoje às urnas escolher um novo presidente, pouco depois da adesão à NATO e do encerramento da fronteira com a Rússia.
As urnas em todo o país abriram às 9:00 (07:00 em Lisboa) e fecham às 20:00 (18:00 em Lisboa).
Ao contrário do que acontece na maioria dos países europeus, o Presidente da Finlândia detém o poder executivo e pode formular a política externa e de segurança, nomeadamente quando lida com países fora da União Europeia, como os Estados Unidos, a Rússia e a China.
O Presidente é também o comandante supremo das forças armadas finlandesas.
Os finlandeses escolhem assim o sucessor do Presidente Sauli Niinisto numa corrida liderada pelo ex-primeiro-ministro Alexander Stubb (conservador) e o ambientalista Pekka Haavisto, com as relações com Moscovo e a recente adesão à NATO a dominarem o debate político.
No total, nove candidatos concorrem às eleições deste país nórdico, com 5,5 milhões de habitantes, que partilha a mais longa fronteira europeia com a Rússia, a seguir à Ucrânia. Caso nenhum candidato consiga reunir mais de 50% dos votos, haverá uma segunda volta em 11 de fevereiro -- um cenário provável, segundo as projeções.
Stubb, 55 anos, que, tal como o Presidente Niinisto, pertence ao partido da Coligação Nacional (no poder), tem uma larga carreira política -- foi eurodeputado, ocupou três pastas ministeriais, incluindo Negócios Estrangeiros, chefiou o Governo entre 2014 e 2015, e candidatou-se à presidência da Comissão Europeia (quando Ursula Von der Leyen foi escolhida) e à liderança do Partido Popular Europeu.
O seu principal adversário é o ambientalista Pekka Haavisto, 65 anos, que, enquanto chefe da diplomacia do executivo liderado por Sanna Marin (que apresentou demissão em abril de 2023), desempenhou um papel fundamental na adesão da Finlândia à NATO. Concorre agora como independente, na sua terceira candidatura presidencial, depois de ter ficado em segundo lugar em relação a Niinisto nas duas ocasiões anteriores.
Segundo as últimas sondagens, Stubb obteria 26% dos votos e Haavisto 23%, embora se estime uma vitória do candidato conservador na segunda volta com 55% dos votos.
Abandonando décadas de não-alinhamento militar após a invasão da Ucrânia pela Rússia, a Finlândia tornou-se o 31º membro da NATO em abril.