Rocha defende que IL "fez bem" em ficar fora da AD e não tem "dois pesos" na justiça
O presidente da Iniciativa Liberal congratulou-se hoje por o partido ter ficado de fora de qualquer coligação pré-eleitoral, salientando que o partido "não tem dois pesos e duas medidas" em matérias judiciais.
"Com a IL, não há dois pesos e duas medidas. O que exigimos para Pedro exigimos para Luís, o que exigimos para António, exigimos para Miguel. Não interessa de que partido é, todos têm que responder a um patamar de exigência ética do qual não prescindimos", afirmou Rui Rocha.
Num almoço com cerca de uma centena de apoiantes em Lisboa, Rui Rocha salientou que, ao contrário do que muitos diziam, a IL fez bem em apresentar-se às eleições legislativas de 10 de março em listas próprias e com o seu programa eleitoral.
"Aqueles que tinham dúvidas são os mesmos que nos últimos dias nos disseram: fizeram bem, agora percebo porque têm de ir sozinhos", disse.
Numa alusão ao mais recente caso judicial que envolve o presidente demissionário do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, Rocha deixou um recado claro ao PSD, sem mencionar este partido.
"Onde os outros hesitam por conveniência, onde os outros atrasam uma posição, seja quem for que estiver em causa lá está a IL a dizer que não podemos admitir nem na Madeira, nem nos Açores, nem no Continente", frisou.
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque (PSD), demitiu-se na sexta-feira, dois dias depois de ter sido constituído arguido num inquérito que investiga suspeitas de corrupção, abuso de poder, prevaricação, atentado ao Estado de direito, entre outros crimes.
O processo envolve também dois empresários e o presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado (PSD), os três detidos numa operação policial desencadeada a 24 de janeiro sobretudo na Madeira, mas também nos Açores e em várias cidades do continente.
Na segunda-feira, o PSD/Madeira vai reunir o conselho regional para escolher o nome de uma personalidade para liderar o executivo madeirense, até agora presidido por Miguel Albuquerque, à frente de uma coligação PSD/CDS, com o apoio parlamentar da deputada única do PAN, o que garante maioria absoluta ao Governo na Assembleia Legislativa.