JPP quer eleições regionais na Madeira após aprovação do Orçamento
O JPP pretende a realização de eleições regionais, com o Governo Regional a cair só depois da aprovação do Orçamento da Região. “Não concordamos com a irresponsabilidade já expressa por alguns partidos que exigem eleições de imediato”, diz o partido nas conclusões da Comissão Política Regional, que se reuniu ontem e hoje.
No mesmo documento, o JPP deixa clara que entende não bastar mudar o presidente do governo, por estar em causa um “crise de credibilidade e confiança”, que se associa ao facto de “desde 2015, a população da Madeira e do Porto Santo tem demonstrado que não quer uma governação PSD de maioria”.
“Ao contrário do PAN, o JPP não tem medo de ir a eleições, não tem medo do escrutínio dos madeirenses e porto-santenses e defendemos que se mantenha coerência com o que se passou na República: os destinos da Região têm de voltar à decisão do povo.”
O partido explica, ainda por que razão não apresentou moção de censura, o que se deve à limitação desse recurso a uma por legislatura, por força partidária, o que inviabilizaria esse recurso a um eventual novo Governo sem a realização de eleições.
O JPP continua a afirmar respeitar a presunção de inocência e que é necessário deixar a justiça percorrer o seu caminho, mas “na Assembleia Legislativa da Madeira os deputados têm de fazer o seu”.
O JPP diz que Albuquerque deve de pedir imediato levantamento das imunidades de que ainda dispõe e reafirma-se não surpreendido com os acontecimentos dos últimos dias. “Esta é uma situação à qual o JPP não pode alegar surpresa até porque, houve uma denúncia, há cerca de um ano, cujos indícios apresentados poderão consubstanciar os crimes de recebimento ou oferta indevida de vantagem, corrupção passiva agravada, corrupção ativa agravada, peculato, participação ativa em negócio e abuso de poder.”
O porta-voz do encontro foi Rafael Nunes.