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Investigação Judicial Madeira

Interrogatório judicial deverá ser longo

Medidas de coacção só deverão ser conhecidas na próxima semana

Arguidos são ouvidos no Tribunal Central de Instrução Criminal 
Arguidos são ouvidos no Tribunal Central de Instrução Criminal , Foto MP

Arranca hoje o primeiro interrogatório judicial dos três arguidos detidos no âmbito da investigação de corrupção na Região Autónoma da Madeira. Pedro Calado, Avelino Farinha e Custódio Correia começam a ser ouvidos esta manhã no Tribunal Central de Instrução Criminal, no Campus de Justiça, em Lisboa.

A fase de inquérito deverá estender-se por largas horas, havendo a indicação de que as medidas de coacção apenas serão conhecidas na próxima semana.

Os suspeitos dos crimes de corrupção activa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência foram ontem identificados pelo juiz de instrução criminal Jorge Bernardes de Melo, que está a conduzir o processo atribuído por sorteio.

Os arguidos madeirenses hoje interrogados no edifício B do Campus de Justiça deverão colaborar com o juiz de instrução, prestando as declarações e os esclarecimentos necessários, indicaram ontem os defensores Paulo Sá e Cunha e Raul Soares de Veiga. Ainda não se sabe se o continental Custódio vai falar. 

Permanecem detidos 

Os três arguidos detidos no âmbito do caso de alegada corrupção na Região Autónoma da Madeira passaram mais uma noite nos calabouços da Polícia Judiciária, em Lisboa.

Pedro Calado, Avelino Farinha e Custódio Correia vão permanecer sob medida restritiva da liberdade até que o primeiro interrogatório judicial esteja concluído e sejam aplicadas as medidas de coacção, um processo que poderá demorar dias, semanas e até mesmo meses, visto que não existe um tempo máximo estabelecido por lei para esta fase. Em causa estão a complexidade do caso, a quantidade de evidências a serem apresentadas, o número de testemunhas a serem ouvidas, entre outras questões.