O golpe de 24 de Janeiro
Na véspera de terem sido conhecidos novos e importantes desenvolvimentos no caso que envolve o ex-primeiro-ministro José Sócrates. Poucos dias depois do processo construído pelo Ministério Público que envolve o primeiro-ministro António Costa, o seu chefe de gabinete, e o antigo ministro José Galamba ter sido abalado por um juiz, que arrasou o trabalho dos magistrados. A poucos dias do início da campanha eleitoral e sabendo que, na Madeira, o PSD tem tradicionalmente os melhores resultados, decide o Ministério Público encher dois aviões da Força Aérea com inspetores da PJ mais um grupo de jornalistas do continente já avisados, e vir à Madeira montar um circo mediático.
Com base em denúncias anónimas, que servem neste período pré-eleitoral os partidos da oposição e antissistema como o Chega e o JPP (sim, o JPP é do mais populista e demagogo que há na Madeira), o MP passa um atestado de incompetência e deita um manto de suspeição sobre todas as forças militares e policiais que trabalham na Madeira: PJ, PSP e GNR. Denúncias, e é preciso dizer isto, feitas há anos por políticos da oposição e que só agora, às portas de uma das eleições nacionais mais importantes de sempre, talvez a mais importante da nossa Democracia, a Justiça decide ‘investigar’!
E para quê? Para tentar derrubar um governo que reúne a confiança da maioria dos madeirenses? Para tentar deitar abaixo um governo eleito há menos de quatro meses? Para destruir um governo que tem colocado a Madeira à frente da média nacional em quase todos os indicadores, como a menor taxa de desemprego ou a taxa de inflação média mais baixa? Para matar politicamente políticos competentes que têm contribuído para fazer com que a Madeira seja um oásis no meio do deserto de desenvolvimento e progresso que se tornou este país?
Este ataque sem precedentes às instituições democráticas madeirenses, serve a quem? À Autonomia?! À Autonomia do povo madeirense, não serve com certeza!
Ruben Coelho