No léxico dos investimentos e dos mercados financeiros o termo stop loss refere-se à fixação do valor máximo de perda que estamos dispostos a assumir num negócio. Reconhecer o erro e corrigir o caminho é tão ou mais importante do que saber a fórmula do sucesso. Após uma decisão carregamos em nós a crença de que fizemos a melhor escolha, mesmo perante as contrariedades, no fim o resultado será o desejado.

E quando assim não é? Numa fuga para a frente reafirmamos a nossa posição. “Perdido por cem, perdido por mil”! Mas as perdas tendem a multiplicar-se. Num ataque de letargia deixamos nas mãos do Destino a resolução do dilema. Se a tendência é o prejuízo o terreno já está inclinado, mesmo que não se faça mais nada.

A outra alternativa é mesmo recorrer a um stop loss. Limitar a perda permite salvaguardar parte do investimento, não hipoteca oportunidades futuras e serve de aprendizagem para próximas tomadas de decisão. Porque vivemos num tempo de recursos finitos - e até só estamos aqui de passagem - é pois premente que saibamos evocar José Régio e o seu Cântico Negro e perceber que mesmo quando perdidos há caminhos que não devemos seguir.