Detidos pernoitam na PJ em Lisboa
Presidente da Câmara Municipal do Funchal e dois empresários são amanhã ouvidos em primeiro interrogatório judicial
Os três detidos no âmbito da investigação do DCIAP - Departamento Central de Investigação e Acção Penal ao Governo Regional da Madeira vão pernoitar nos calabouços da Polícia Judiciária, em Lisboa.
O presidente da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado, e os empresários Avelino Farinha e Custódio Correia foram constituídos arguidos e detidos esta quarta-feira, 24 de Janeiro, na sequência de investigações dos crimes de corrupção activa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência por parte do executivo regional.
À porta das instalações da PJ estão diversos meios de comunicação social na expectativa de ouvir algum dos advogados dos envolvidos, uma visita que deverá acontecer ainda esta noite.
Os arguidos são presentes esta sexta-feira no Tribunal Central de Instrução Criminal, na capital portuguesa, para primeiro interrogatório judicial.
As medidas de coação serão aplicadas por um juiz após audição dos detidos, um processo que não deverá ficar concluído amanhã tendo em conta a complexidade do caso.
Conforme já foi noticiado, Pedro Calado passou a última noite detido no Estabelecimento Prisional do Funchal, tendo sido transportado para Lisboa num avião da Força Aérea Portuguesa ao início da tarde de hoje. Na aeronave seguiram também elementos da Polícia Judiciária.
O presidente do Governo Regional da Madeira, outro dos principais alvos da investigação judicial, foi também constituído arguido. Miguel Albuquerque reiterou esta quinta-feira que não vai apresentar a sua demissão e assumiu pedir o levantamento da imunidade de que goza com vista a defender-se das acusações.
