CMF funciona com “absoluta normalidade” e “todo o executivo está ao lado” de Calado
A vice-presidente da Câmara Municipal do Funchal, Cristina Pedra, que na reunião da vereação desta manhã substituiu Pedro Calado, garantiu que a autarquia “continua com o seu dinamismo e o seu trabalho normal” e que “todo o executivo está ao lado do senhor presidente”.
“Ao dia de hoje, o que nós sabemos, e aqui é um compromisso que o executivo todo faz em meu nome, é que a Câmara está em regular e normal funcionamento. Não há nenhuma agenda cancelada. Não há nenhum evento adiado”, afirmou a ‘número dois’ da vereação, que confirmou que ontem foi um dia de buscas nos Paços do Concelho pela Polícia Judiciária e que “houve todo o trabalho de participação, colaboração e cooperação com os agentes, que ficaram satisfeitos com o conjunto de elementos que pediram e que tiveram imediatamente.
Para Cristina Pedra, a circunstância de assumir hoje as funções de Pedro Calado na Câmara "não é nada diferente" e "é uma situação como qualquer outra ao longo destes dois anos" do mandato autárquico, uma vez que por várias vezes já substituiu o presidente quando houve "algum impedimento ou ausência, nomeadamente por férias".
Cristina Pedra não quis comentar o pedido do grupo do PS na Assembleia Municipal para a demissão do presidente e convocação de eleições intercalares na CMF. Também não quis antecipar um eventual cenário de medidas de coacção (prisão preventiva ou prisão domiciliária) que impeça Pedro Calado de exercer as funções de presidente. "Nós não vamos antecipar nenhum cenário, porque podem ser tantos. Isso seria uma teoria do achismo. Nós não funcionamos dessa forma. A justiça tem o seu tempo próprio. Nós vamos acompanhando todos os processos e notícias ao dia e não vemos nenhuma razão para não continuar no funcionamento de absoluta normalidade e regularidade", declarou. “Os munícipes funchalenses, ao sufragarem e nos elegerem, confiaram que seríamos as pessoas adequadas para conquistar dossiers difíceis e resolver problemas que hoje e sempre tiveram”, acrescentou.
Por fim, Cristina Pedra justificou o facto de ter sido vedada a presença de jornalistas na reunião pública desta manhã, ao contrário do que acontecia nas vereações presididas por Miguel Albuquerque, Paulo Cafôfo e Miguel Silva Gouveia: "Não houve hoje nenhum tratamento diferenciado destes últimos dois anos. A reunião é pública mas para os munícipes que se inscrevem previamente. Não é aparecer sem a inscrição. Foi uma situação normal. Nós temos sido consistentes com a primeira reunião pública que nós tivemos. Cada executivo tem a sua forma de organização. Nós desde o princípio achamos que os munícipes muitas vezes faziam sentir que não se sentiam à vontade em estar numa sala como acontecia no passado na Assembleia Municipal. Isso coarctava a sua apresentação, porque queriam alguma privacidade. Desde a nossa primeira reunião pública".
Na reunião camarária desta quinta-feira foram aprovados por unanimidade 31 processos de apoio à natalidade (no valor global de 9 mil euros) e de apoios a medicamentos para 1.060 beneficiários (no valor total de 30 mil euros). Entretanto, a CMF recebeu 2.313 candidaturas a bolsas de estudo, tendo sido aprovadas hoje 302 candidaturas (no valor de 240 mil euros). Por fim, foram atribuídas isenções de IMT a jovens para aquisição de habitação própria permanente, sendo que já ultrapassa os 4 milhões de euros em prédios adquiridos.