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Boa Noite

Mais um triste espectáculo

Repudiamos as difamações a propósito das notícias alusivas ao circo mediático em torno de mais uma investigação judicial

Boa noite!

A propósito de declarações emitidas hoje na CNN Portugal por alguns comentadores de serviço, entre os quais o Editor de Sociedade, Henrique Machado, o DIÁRIO vem por este meio manifestar repúdio pela forma leviana como foi tratado, colocando em causa a idoneidade de toda uma Redacção, de toda uma história de quase 150 anos e da informação isenta e rigorosa que nos caracteriza.

1.       Não é a primeira vez que o DIÁRIO de Notícias da Madeira aborda investigações aos poderes na Região e, neste último, revelou desde a primeira hora que vários meios de comunicação social portugueses estavam a veicular notícias sobre a investigação judicial que envolvia Miguel Albuquerque, Pedro Calado e outros protagonistas, sem nada esconder, nem tresler, citando quem teve o mérito ou o benefício de avançar com a informação em primeira mão.

2.       Fê-lo sem prescindir da sua independência e espírito de iniciativa, ao mesmo tempo que colocava no terreno diversos jornalistas de modo a apurar todos os contornos da operação em curso, até porque, neste caso, não tivemos acesso a informação privilegiada de forma antecipada, ao contrário de quem optou por fazer reles insinuações, ao considerar como “notícias meramente colaterais” as que provaram mais do que meras coincidências por explicar, entre as quais, a de haver jornalistas continentais na Madeira escassas horas antes da operação judicial ter arrancado.

3.       Tivemos que ir à procura das notícias, porque não andamos a reboque, nem somos caixa de ressonância de quem quer que seja. Os nossos leitores merecem que as notícias sejam por nós produzidas e tenham a nossa marca. Porque sabem que o jornalismo de proximidade tem menos propensão para o sensacionalismo. Porque se identificam com o tratamento jornalístico que damos aos factos.

4.       Não aceitamos por isso lições de ética, deontologia e independência de quem, sem nos conhecer, resume a propaganda um trabalho que nos orgulha e que em diversos  estudos de mercado é considerado como património desta Região.

5.       Henrique Machado referiu ser de “bradar aos céus” os conteúdos dos sites dos jornais da Região em dia de suspeitas graves, como se a informação deste nosso agregador https://www.dnoticias.pt/tag/geral/investigacao-judicial/ se resumisse ao que propositadamente quis destacar. Ou não leu, ou então preferiu desviar-se do essencial.

6.       Ao contrário do que insinua, o parágrafo do comunicado do DCIAP dando conta que a investigação incide, de igual modo, sobre "actuações que visariam condicionar/evitar a publicação de notícias prejudiciais à imagem do Governo Regional em jornais da região, em moldes que são susceptíveis de consubstanciar violação da liberdade de imprensa", nada confirma, pelo menos, em relação à nossa postura profissional, como provam as nossas edições. É apenas um dos pontos da investigação que carece de provas.

7.       A estrutura de propriedade da Empresa DIÁRIO de Notícias da Madeira é transparente. A NEWSPAR - Multimedia, Lda.  tem  40%, a Verbum Media - Comunicação, Lda., 36,89%, a Blandy SGPS, S.A. ,12% e Global Notícias - Media Group, SA, 11,11%. Ou seja, o grupo AFA, envolvido no processo em curso, como noticiámos desde a primeira hora, tem uma posição minoritária de cerca de 36% e após a sua entrada no capital não houve qualquer alteração na orientação editorial. Aliás, desde bem antes, desde Maio de 2010 que exerço funções de Director, pautando a minha postura pela isenção e rigor, convivendo com naturalidade com as pressões de toda a espécie e sem nunca perder de vista os valores que orientam a nobre missão de informar, independentemente do “investimento ou estrangulamento financeiro” que Henrique Machado alegou nos seus comentários infelizes.

8.       O DIÁRIO voltou hoje a agir de acordo com o seu Estatuto Editorial, adoptando uma postura de responsabilidade e respeito pela investigação em curso, sendo objectivo, dando contexto e novos dados, recusando entrar em folclores mediáticos e a condenações sumárias precipitadas que só servem para proteger interesses que não dignificam o jornalismo sério, nem a interpretação honesta dos factos.

9.       O DIÁRIO está acima do frenesim mediático e das guerras de audiências porque trabalha sempre a verdade e os factos concretos, os que são credíveis e não os que se ficam pela insinuação e pela suspeita não concretizada. E neste caso não nos intrometemos numa investigação que se encontra em curso e cujos contornos concretos ainda não são totalmente conhecidos.

10.   No DIÁRIO não há interferência editorial por parte dos accionistas, antes uma relação franca que robustece uma empresa que cumpre com dignidade a sua missão, que honra as suas obrigações e se orgulha do desempenho dos seus recursos humanos que tudo fazem para, de forma honesta, porem pão na mesa e contribuírem para os resultados animadores num sector em crise.

11.   As declarações de Henrique Machado são graves, falsas e inaceitáveis. E por serem difamatórias, não deixaremos de apurar as responsabilidades que julgarmos necessárias.

Esta mesma nota foi enviada ao Director de da CNN Portugal, Nuno Santos.