Ataque russo na região de Donetsk faz pelo menos dois mortos e oito feridos
Um ataque russo matou pelo menos duas pessoas e feriu outras oito, incluindo um adolescente de 16 anos, numa aldeia da região de Donetsk, no leste da Ucrânia, adiantaram hoje as autoridades regionais.
"Pelo menos duas pessoas morreram e oito ficaram feridas na sequência de um ataque com mísseis contra Girnyk", declarou Vadim Filashkin, governador de Donetsk, acusando a Rússia deste ataque "direcionado" contra civis numa mensagem nas redes sociais: "Mais um crime de guerra russo. O inimigo quer matar o maior número possível de ucranianos".
O Serviço de Emergência do Estado ucraniano informou que o exército russo lançou novos ataques contra a região, neste caso contra uma zona residencial na cidade de Girnik, sendo que a região de Donetsk está parcialmente ocupada pelas tropas russas.
As equipas de emergência resgataram oito pessoas, incluindo um menor, com vida dos escombros. "O trabalho está concluído", informou a estrutura ucraniana.
Vadim Filashkin acrescentou que o menor é um rapaz de 16 anos e que teve de ser hospitalizado devido à gravidade dos ferimentos. "Está em estado extremamente grave", disse.
Filashkin sublinhou que o ataque ocorreu por volta das 16:00 locais, afetando cerca de 50 edifícios em até cinco ruas, e apelou às pessoas para se abrigarem noutras partes da Ucrânia. "A região não é segura", concluiu.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.
As últimas semanas foram marcadas por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, enquanto as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.