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Portugueses compram casas mais baratas e recorrem mais ao financiamento

Estudo do portal idealista revela mais dependência da banca e investimento imobiliário mais baixo face aos estrangeiros e emigrantes

Foto Shutterstock
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"As famílias residentes em Portugal continuaram a comprar casas mais baratas e a contratar crédito habitação de menor valor no final de 2023, de forma a adaptar-se ao atual contexto marcado pelos elevados preços da habitação, juros e custo de vida", informa um estudo divulgado hoje pelo portal imobiliário idealista.pt.

E acrescenta: "Já comparando com as transações imobiliárias protagonizadas pelos estrangeiros e emigrantes, verifica-se que as famílias que vivem no país estão a comprar casas por menores valores, mas têm pedido mais dinheiro emprestado à banca, revela o mais recente relatório trimestral do idealista/créditohabitação em Portugal. O que também salta à vista é que os empréstimos habitação a taxa mista são os mais contratados tanto por portugueses, como por não residentes."

Segundo o relatório, "olhando para os créditos habitação em Portugal formalizados no quarto trimestre de 2023, verifica-se que 35,5% dos contratos destinaram-se à compra da primeira habitação por parte das famílias que vivem no país – uma finalidade ultrapassada pelas transferências de crédito (38% do total). E observou-se ainda que um em cada cinco empréstimos habitação foram contratados por não residentes (emigrantes e estrangeiros), mostram os dados do relatório elaborado pelo idealista/créditohabitação" reforça.

Resumindo:

  • Portugueses compram casas mais baratas e pedem mais dinheiro à banca
  • Empréstimos habitação a taxa mista são os mais contratados por portugueses e não residentes
  • 35,5% dos contratos destinaram-se à compra da primeira habitação
  • Custo médio da primeira casa é de 223.953 euros, um valor 14,1% inferior face há um ano
  • Um em cada cinco empréstimos habitação foram contratados por não residentes
  • Rendimento médio dos portugueses que compraram a sua primeira habitação (3.835 euros) é 2 vezes inferior ao dos estrangeiros e emigrantes