Negócio das ‘smartshops’ preocupava há 13 anos
Recorde connosco, neste ‘Canal Memória’, a edição de 23 de Janeiro de 2011
O negócio legal das smartshops estava a funcionar em plena força, em Janeiro de 2011, e as autoridades começavam a demonstrar preocupação em relação aos efeitos que estas ‘drogas legais’ tinham na população. Só mais tarde a Madeira foi pioneira na proibição da comercialização deste tipo de produtos.
Falamos, sobretudo, de substâncias que eram vendidas com a rotulagem de fertilizante para plantas, mas que na realidade eram consumidas pelos humanos, dadas as características alegadamente psicoactivas.
O DIÁRIO falou, nessa altura, com um jovem empresário, proprietário de uma dessas smartshops no Funchal. Assumia que tinha estudado a lei, falado com a polícia, pelo que tudo o que era comercializado no seu estabelecimento era legal. As saquetas que eram comercializadas na Madeira chegavam do continente, através de “fornecedores fidedignos”.
Na época, a composição dos produtos não figurava nas tabelas vigentes relacionadas com droga e substâncias ilegais. “Não há overdoses, é uma experiência de diversão, com características psicadélicas, ou no caso, da ‘Salvia’, é uma experiência espiritual intensa”, descrevia o empresário.
Por seu lado, Nelson Carvalho, director do Serviço de Prevenção da Toxicodependência, via as coisas por outro prisma. Falávamos de uma questão administrativa, pois “os efeitos são semelhantes aos das drogas ilícitas”.
Um Decreto Legislativo Regional, que entrou em vigor a 31 de Outubro de 2012 proibiu a comercialização das drogas que, até então, eram consideradas ‘legais’.
Madeira proibiu venda das 'drogas legais' como o 'bloom' há 11 anos
Recorde a edição de 31 de Outubro de 2011 neste 'Canal Memória'