Forte sismo de 7,1 na escala de Richter abala noroeste da China
Um forte sismo de 7,1 na escala de Richter abalou a região chinesa de Xinjiang na madrugada de terça-feira na China (início da noite de segunda-feira em Portugal), informou a agência de notícias estatal Xinhua.
A Xinhua citou o Centro de Redes Sísmicas da China, indicando que o sismo atingiu a região de Xinjiang, no noroeste do país, pouco depois das 02:00 locais de terça-feira (18:00 de segunda-feira em Lisboa).
O Serviço Geológico dos Estados Unidos indicou que o sismo ocorreu na cordilheira Tian Shan, "uma região sismicamente ativa, embora terramotos desta dimensão ocorram com pouca frequência".
O mesmo serviço afirmou que o epicentro foi localizado a cerca de 129 quilómetros do município de Aykol (China) e a 130 quilómetros de Kyzyl-Suu (Quirguistão), a uma profundidade de 27 quilómetros.
A emissora estatal chinesa CCTV informou que foram registados vários abalos secundários com magnitudes até 4,5.
Almaty, a maior cidade do Cazaquistão, vários habitantes abandonaram as suas casas, descreveu a agência de notícias russa Tass.
Até ao momento, é desconhecida a existência de vítimas e prejuízos.
"Nenhuma vítima ou dano foi relatado até agora" nas áreas afetadas, disse o ministro de Situações de Emergência do Quirguistão, Boobek Ajikeev, num vídeo, apelando aos residentes "para não entrarem em pânico".
Canais de televisão locais de Nova Deli, na Índia, a cerca de 1.400 quilómetros de distância do epicentro do sismo, relataram a ocorrência de abalos.
O epicentro do terramoto corresponde a uma zona rural habitada na maioria por uigures, uma minoria étnica predominantemente muçulmana que tem sido alvo de uma campanha estatal de assimilação forçada e detenção em massa nos últimos anos.
A região do epicentro do sismo regista esta semana temperaturas mínimas até -18ºC e várias partes do norte e centro da China têm estado sob vagas de frio gélido neste inverno, levando as autoridades a fechar escolas com frequência devido a tempestades de neve.
A Administração Nacional de Incêndios e Resgate da China divulgou um vídeo na rede social chinesa Weibo mostrando bombeiros a caminho do epicentro do terramoto.
Outro vídeo difundido por um utilizador do Weibo exibia habitantes parados nas ruas vestidos com casacos de inverno, e uma foto na emissora estatal CCTV mostrava uma parede rachada com pedaços caídos.
Este sismo ocorre um dia depois de um deslizamento de terras que soterrou dezenas de pessoas e deixou pelo menos oito mortos no sudoeste da China.
Em dezembro, um sismo abalou a província de Gansu, também no noroeste da China, matando 151 pessoas, e foi o mais mortífero no país desde 2014, quando um terramoto deixou mais 600 mortos na província de Yunnan, no sudoeste do país.
A maioria dos sismos na China atinge a parte ocidental do país, incluindo as províncias de Gansu, Qinghai, Sichuan e Yunnan, bem como a região de Xinjiang e o Tibete.