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Madeira

"O Bloco não desistirá de lutar"

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Dina Letra, reeleita coordenadora regional do Bloco de Esquerda, numa lista com novos integrantes, e que obteve  93% dos votos na X Convenção regional do partido que hoje ocorreu numa unidade hoteleira do Funchal.

Apontando à temática da precariedade laboral e ao livre exercício da liberdade de imprensa, a responsável partidária solidarizou-se com os jornalistas e todos os trabalhadores da comunicação social, realçando o papel crucial da imprensa pela verdade dos factos", num início de discurso que recordou os tempos conturbados que se vive nos órgãos da Global Media Group. 

Depois atirou-se aos seus objectivos. "A política é feita de escolhas e Bloco escolhe defender os madeirenses, por salários dignos, por pensões justas", numa região que, recordou, tem um PIB a atingir 6 mil milhões de euros mas onde 30% da população vive na pobreza. Uma região onde os salários que não sobem, mas em que os preços aumentam, criando dificuldades das pessoas em ter casa. "É isto que se chama de empobrecimento", atirou.

"Este ciclo de empobrecimento tem de acabar", defendeu, mas apontando à direita que não faz por isso, nomeadamente acabar com as borlas fiscais, não ter medo de enfrentar os lobies. Daí que Dina Letra reforce que "não há propaganda laranja que consiga disfarçar a pobreza e a fome que se vive na Madeira".

E deu dois exemplos de que quando a economia cresce, Miguel Albuquerque celebra, mas quando os indicadores da pobreza são revelados, não merecem comentário do presidente do Governo Regional. "É contra esta desigualdade que humilha os madeirenses que o Bloco não desistirá de lutar", afiançou.

Ainda deu conta do papel importante dos eleitos do partido na Assembleia Legislativa, nos municípios e nas freguesias, mais uma razão da confiança depositada no BE. Atacou quase todos os partidos, do PAN ao CDS, parceiros do PSD na governação, ao Chega, à IL, ao JPP e ao PS, estes últimos com representantes na plateia entre os convidados, tal como alguns sindicatos. "Nenhum é capaz de fazer algo para acabar com esta economia de desigualdade", lamentou, defendendo que o BE é o único que tem feito tudo o que pode.

Por fim, reforçou que se no País "a maioria absoluta do PS foi uma desgraça, uma maioria de direita na Madeira só criou mais desigualdade", defendo assim a necessidade de um reforço à esquerda.