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A Guerra Mundo

Zelensky não assinará acordo que entregue Crimeia e Donbass à Rússia

FOTO UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE/AFP
FOTO UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE/AFP

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, sublinhou hoje que não assinará qualquer acordo que implique a entrega da Crimeia e do Donbass à Rússia, ao mesmo tempo que censurou o homólogo russo, Vladimir Putin, por não querer verdadeiramente a paz.

Putin "não quer a paz com a Ucrânia", mas aspira a ocupar todo o país. "Ele nunca quis a paz", disse o líder ucraniano numa entrevista ao Channel 4 News. "Se quisermos impedi-lo. Se o mundo quer que isto não volte a acontecer, que esta agressão não se repita durante alguns anos, a melhor coisa a fazer é lidar com isto agora", defendeu. "A paz na Europa só é possível quando o mundo inteiro assumir que a Ucrânia é verdadeiramente independente", sublinhou, embora tenha admitido que "obviamente é melhor procurar uma saída política para recuperar a independência".

Quanto à ajuda militar e económica dos Estados Unidos e dos seus aliados, Zelensky referiu que é crucial para a sobrevivência da Ucrânia, mas não é suficiente para alcançar a vitória. "Todos sorriem, abraçam-no e dizem que é estável, que é forte, um líder do mundo livre, que está a salvar a democracia", disse, referindo-se a si próprio. "Se o povo ucraniano não tivesse um Presidente assim, poderíamos ter perdido metade da Europa para a Federação Russa, e temos que dar tudo. Basta!", lamentou.

Zelensky sublinhou que não queria parecer ingrato depois de toda a ajuda que recebeu: "Ajudaram-nos muito a perseverar e penso que poderiam ter-nos ajudado ainda mais a ganhar", afirmou. No entanto, "o tempo está a passar e as pessoas estão a morrer", enquanto se discute se se deve ou não dar uma ou outra arma à Ucrânia.  "É por isso que sinto que este tempo que está a passar é sangrento e muito doloroso. Mas nem toda a gente compreende isso. Tenho estado a dizer isto desde os primeiros dias", insistiu.

O presidente ucraniano deu o exemplo dos caças F-16. Passou um ano desde que se começou a especular e os treinos estão a demorar mais seis meses. "Os F-16 ainda não chegaram", sublinhou.