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Madeira

Discursos de coesão para futuras lutas do JPP

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Convidados do secretário-geral do JPP, Élvio Sousa, para discursar na antecâmara da sessão de encerramento, três destacados dirigentes do partido tiveram discursos de coesão, após o período conturbado que viveram, mas que agora procura centrar-se na nova líder, Lina Pereira, eleita ontem com mais de 96% dos votos, o que revela a quase unanimidade que sairá deste V Congresso Nacional.

Andreia Gouveia, secretária da Mesa do Congresso, lembrou que este é um projecto que começou com grande cariz social e foi crescendo e agora quer expandir, passando pelos Açores. Reforçou o trabalho sustentável, direcionado para as propostas que são as bandeiras do JPP.

Nomeadamente na saúde "que está como está", a coesão social em que "vivemos numa conjuntura muito complexa", a mobilidade e os transportes que "nos temos batido na questão do ferry, dos preços das viagens aéreas", na agricultura e ambiente "áreas muito castigadas pelo governo e quem tem dois pesos e duas medidas", na redução do custo de vida dos madeirenses numa região que tem "a mais alta taxa de pobreza", por isso "as nossas propostas de redução do IRS", a habitação que "é muito importante, sobretudo para os jovens que precisam de apoios na habitação a custos controlados", e por fim, a luta contra a corrupção, onde "o JPP tem feito trabalho extraordinário e foi o único a sentar o GR em tribunal, num governo que nunca foi transparente". Quanto aos jovens, é "muito difícil trazer os jovens para a política", pelo que pediu que os militantes tentem trazê-los para o partido.

Já Carlos Silva começou por referir que "não há dias fáceis no JPP". Lembrou as convulsões recentes, mas recordou outras lutas. "Quem não se lembra do combate duro que se fez à taxa turística e hoje é o que se vê?". Lamentou a protecção do sistema, que são espinhos e tochas que se colocam ao JPP. Além das adversidades no exterior, também "enfrentamos no interior", realçou.

A "vitória no último acto eleitoral mantém muito viva e acesa a chama do JPP", disse, momento em que aproveitou para acender uma pequena vela e recitar Jorge de Sena, que fugiu da ditadura, nomeadamente o poema "Uma pequena luz".

Por fim, Élia Ascensão centrou-se nos problemas internos, sem descurar o trabalho realizado, com olhar no futuro. "Não podemos escamotear a crise interna", que foi "completamente desnecessária" mas que agora parece reposta a normalidade. Entre o custo da paz e o custo da guerra, a segunda mais custosa e ao mesmo tempo mais lucrativa, recordou uma visita recente a Bruxelas.

"Quem não perdoa corre o risco de ficar agarrado ao passado e perder a visão do futuro", citação de Winston Churchill que Élvio Sousa dissera no dia anterior. "Desejo que esta crise sirva para sairmos mais fortes", acreditando que são "apenas crises de crescimento". As crises, também, são mecanismos eficazes para expurgar males. Importa reunir as tropas, reorganizar a equipa e avançar, referiu.

Sobre Lina Pereira, nova líder que merece todo o apoio e lealdade, disse que "mesmo que hoje sejamos partido, continuamos a ser o movimento criado no povo pelo povo". Além de apontar à obra feita em Santa Cruz, apontou 'armas' aos partidos com discursos extremistas que devem merecer um cerrar de fileiras.