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Presidente da FIFA condena racismo e defende derrota para autores dos actos

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Foto AFP

O presidente da FIFA, o suíço Gianni Infantino, condenou os atos racistas ocorridos em Sheffield, em Inglaterra, e em Udine, em Itália, defendendo a "derrota automática" para os clubes dos adeptos autores de ofensas.

"Os jogadores afetados por estes acontecimentos no sábado [o guarda-redes Mike Maignan, do AC Milan, e o médio Kasey Palmer, do Coventry] têm todo o meu apoio", escreveu o líder do organismo que rege o futebol mundial na rede social Instagram.

O jogo da Liga italiana entre o AC Milan e a Udinese, que terminou com o triunfo da formação milanesa por 3-2, esteve interrompido durante aproximadamente cinco minutos, após Maignan ter denunciado ao árbitro ofensas racistas, tal como Palmer, nos momentos finais do encontro que o Coventry foi vencer por 2-1 no terreno do Sheffield Wednesday, em jogo do segundo escalão inglês.

"Os acontecimentos que ocorreram em Udine e Sheffield no sábado são totalmente abomináveis e completamente inaceitáveis. Não há lugar para racismo ou qualquer forma de discriminação - tanto no futebol como na sociedade", começou por escrever Infantino.

O dirigente suíço reconheceu a necessidade de intervenção de "todas as partes interessadas", nomeadamente "começando pela educação nas escolas, para que as gerações futuras entendam que isso não faz parte do futebol ou da sociedade".

Além do atual protocolo, que assenta em três etapas -- jogo interrompido, jogo novamente interrompido e jogo abandonado --, Infantino defendeu "a derrota automática para a equipa cujos adeptos cometam racismo e provoquem o abandono do jogo, bem como proibições globais de frequentar estádios e acusações criminais para os racistas".

"A FIFA e o futebol mostram total solidariedade às vítimas de racismo e de qualquer forma de discriminação. De uma vez por todas: Não ao racismo! Não a qualquer forma de discriminação!", concluiu Infantino.