Que ano novo teremos?
Ultrapassada a quadra natalícia, onde nos trouxe a alegria própria da época, maior convívio entre familiares e amigos e, consequentemente, o esquecimento temporário dos variados problemas, dificuldades, angústias, enfim, momentos menos felizes, de que o ano passado nos brindou, a uns mais do que outros, chegamos ao ANO NOVO.
A entrada de um NOVO ANO trás sempre ao coração dos portugueses – para falar só no nosso PAÍS -o habitual sentimento de expetativa, de fé, de esperança de que ele seja melhor do que o seu antecessor, venha de encontro aos seus anseios, às suas ambições.
É legitimo, é humano que assim seja, pois a vida é a coisa mais bela que temos desde que consigamos vive-la com saúde, com paz, harmonia, amor e conseguirmos concretizar pelo menos parte dos nossos objetivos.
O ano 2024 – infelizmente ao que tudo parece indicar – não vem com muitos bons auspícios, mas isso é coisa que não nos é estranho pois, independentemente, das condições mais favoráveis que possamos dispor, temos – quase sempre – em quem nos governa o «calcanhar de Aquiles» que deita tudo a perder.
Tem sido quase sempre assim, mas então nestes últimos dois anos, mormente em 2023, o País viu-se envolvido em escândalos de toda a ordem, onde o golpismo, O oportunismo, a incompetência, a desonestidade, andaram de mãos dadas, mostrando para dentro e fora do território uma imagem de um Portugal à deriva e ao nível de um País de terceiro mundo.
E isto continuará se, entretanto, não surgirem outras mentalidades ou não se adaptarem Leis e, sobretudo, a JUSTIÇA de acordo á sociedade que pretendemos construir.
Só que, para que isso aconteça, impõe-se que á frente dos destinos do País esteja alguém que não só não prevarique, como não permita que alguém o faça.
Ou alguém com responsabilidades no País que faça essa «chamada de atenção» e que até poderia e deveria ser o Sr. Presidente da República, o qual na sua mensagem de Ano Novo apesar de fazer algumas advertências, ter dito algumas coisas que deveriam ser ditas, esteve muito aquém de dizer aquilo que esperávamos que dissesse.
Antes de apelar ao voto deveria dirigir-se aos políticos e lhes recordar que a política é uma causa séria e só deveria ser abraçada por gente honesta, competente e integra. E que a ausência do eleitorado ás urnas deve-se ao facto – em grande parte – do profundo descredito em que os políticos e a política foram caindo ao longo dos tempos.
Apelar ao voto, sem ter a coragem de colocar o «dedo na ferida» foi uma perda de tempo, porque as pessoas estão fartas de intrujices, malabarismos e espertezas políticas saloias.
Bom, mas não falemos mais nisto, basta a «tortura» em modo de fantasias, mentiras e demagogias a que vamos estar sujeitos até Março., mais precisamente ate ao dia das novas tomadas de posse e, como é evidente, da ocupação das confortáveis cadeiras da Assembleia da República.
É triste referirmo-nos ao governo e á Assembleia nestes termos, mas depois dos degradantes espetáculos que nos foram proporcionados até a queda do último Executivo, a fé numa mudança radical em termos de atitudes e responsabilidades é francamente diminuta.
Se bem que, a esperança seja a última coisa a morrer.
Juvenal Pereira