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O apoio à Ucrânia não pode deixar de ser prioritário

Terminei o meu artigo de opinião de fevereiro de 2023 expressando “a admiração que tenho pelo heroísmo do Povo Ucraniano, pelo qual devemos estar dispostos a aceitar as dificuldades e limitações na nossa vida do dia a dia que o nosso apoio exige.”. Volto hoje ao tema porque o prolongar do conflito, o modo como os constrangimentos provocados pela guerra têm sido ultrapassados, o sentimento de regresso à normalidade nas nossas vidas e o aparecimento de conflitos mais mediáticos parecem estar a levar a um distanciamento das pessoas em relação ao drama ucraniano.

Os Estados Unidos parecem divididos no apoio a dar e as verbas necessárias para que a Ucrânia tenha as armas que tanto precisa para se defender e recuperar o seu território são colocadas num prato da balança conjuntamente com outras questões como a imigração ilegal o que tem dificultado a aprovação e pode vir a acontecer que não sejam mesmo aprovadas. O apoio dos países europeus, a manter-se nos níveis atuais, é muito insuficiente se o apoio americano se atrasar.

As condições em que os ucranianos estão a combater mostra a sua coragem e determinação, mas sem armas sofisticadas não há engenho humano que detenha uma força invasora que não valoriza a vida dos seus soldados e de um país onde toda a contestação à guerra é rápida e severamente punida.

A Ucrânia tem sido a barreira que protege os nossos valores… se a Federação Russa ganhar território com a invasão, estou quase certo de que novas invasões se seguirão, e se a invasão for a algum país da NATO então o nosso envolvimento vai ter de ser pleno.

Temos, pois, que ter uma política de defesa europeia que tenha em consideração o cenário de guerra mais generalizado e, para isso, é necessário não deixar para a amanhã os sacrifícios que a afetação de mais recursos para a defesa irão provocar em orçamentos que se querem equilibrados.

Os sacrifícios que os ucranianos têm feito e continuam a fazer, muitos deles perdendo a sua vida, não podem nos deixar indiferentes… os ucranianos, em particular, os seus jovens têm direito a sonhar e não merecem ver os seus sonhos destruídos e assassinados na frente de batalha.

A minha admiração pelo povo ucraniano aumenta a cada dia que passa!