DNOTICIAS.PT
Mundo

Genealogia genética permitiu resolver crime contra três meninas com quase 50 anos nos EUA

None
Foto Shutterstock

Um homem que morreu numa prisão do Texas há várias décadas foi identificado como a pessoa que sequestrou e esfaqueou, há quase 50 anos, três meninas do Indiana, deixando-as abandonadas, revelou a polícia norte-americana.

As jovens, de 11, 13 e 14 anos, sobreviveram ao ataque, mas "um claro suspeito" nunca foi identificado e o caso 'arrefeceu', até agora, noticiou esta sexta-feira a agência Associated Press.

Investigadores, que utilizaram a "genealogia genética forense", identificaram o agressor como Thomas Edward Williams, que morreu aos 49 anos, em novembro de 1983, numa prisão de Galveston, Texas, adiantou esta quinta-feira o Departamento de Polícia Metropolitana de Indianápolis.

"O anúncio de hoje [quinta-feira] esteve quase 50 anos para ser feito, mas mostra a dedicação e perseverança dos nossos detetives e parceiros", frisou o vice-chefe Kendale Adams, em comunicado.

Na época do ataque de agosto de 1975, a polícia disse que Williams morava em Indianápolis, perto de onde as três meninas foram sequestradas enquanto pediam boleia.

As meninas foram levadas para um milharal no subúrbio do condado de Hancock, onde uma destas foi violada e esfaqueada na garganta e no peito e as outras duas sofreram cortes na garganta, relatou o The Indianapolis Star.

Duas das jovens acenaram para um motorista a pedir ajuda e acabaram resgatadas.

Os investigadores começaram a analisar o caso em 2018, depois das três mulheres, agora adultas, contactarem a polícia sobre o processo por encerrar, o que levou à análise das provas da cena do crime.

Em 2021, as autoridades desenvolveram um perfil completo de ADN de um homem desconhecido a partir de algumas das provas anteriormente recolhidas e, em seguida, compararam-no com dois perfis de ADN adicionais obtidos a partir de outras provas, explicou a polícia.

Os investigadores submeteram o perfil ao ADN Labs International, um laboratório forense com sede na Florida, onde foi submetido à "mais recente tecnologia forense disponível", acrescentou a mesma fonte.

Esta análise ajudou a identificar os filhos do suspeito e amostras de parentes de Williams ajudaram a confirmar a sua identificação como o agressor.

As três mulheres realçaram, em conferência de imprensa, que permaneceram comprometidas ao longo das décadas em pressionar as autoridades a identificar o seu agressor.