PM britânico promete a Zelensky continuação de apoio em 2024
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, prometeu hoje ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que o Reino Unido "continuará a apoiar fortemente" a Ucrânia na sua luta contra a Rússia ao longo de 2024.
Durante uma conversa telefónica entre os dois líderes, Rishi Sunak "sublinhou os esforços feitos pelo Reino Unido para fornecer apoio militar e diplomático à Ucrânia, em particular através de novas entregas" de armas, refere um comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro britânico.
Sunak "expressou as suas condolências a todos os ucranianos mortos e feridos durante os ataques aéreos bárbaros da Rússia durante o período de Natal".
A Rússia realizou novamente ataques intensivos contra a Ucrânia na manhã de hoje, matando pelo menos cinco civis e ferindo 119 pessoas, principalmente na capital, Kiev, e em Kharkiv, nordeste do país, de acordo com as autoridades ucranianas, somando-se às dezenas de mortos e feridos registados nos últimos dias.
Os ataques de hoje ocorrem um dia depois da ameaça do Presidente russo, Vladimir Putin, de intensificar os bombardeamentos contra a Ucrânia, em retaliação contra os ataques que visaram Belgorod, no sudoeste da Rússia.
Segundo Downing Street, os dois dirigentes também discutiram "os últimos desenvolvimentos no conflito, em particular os progressos alcançados no Mar Negro e o sucesso da defesa aérea ucraniana, reforçada por mísseis terra-ar fornecidos pelo Reino Unido".
Londres anunciou na sexta-feira o envio de cerca de 200 mísseis antiaéreos para a Ucrânia com vista a fortalecer as suas defesas, apelando aos seus aliados para "redobrarem os seus esforços" para apoiar militarmente Kiev.
Desde o início do ano, o Reino Unido enviou tanques de batalha Challenger 2, três baterias de armas de artilharia AS-90 e centenas de veículos blindados, mísseis de cruzeiro Storm Shadow e 'drones' de ataque de longo alcance.
O montante da ajuda militar britânica à Ucrânia ascende a 4,6 mil milhões de libras (5,3 mil milhões de euros).
As autoridades ucranianas têm apelado aos seus aliados para fornecerem mais defesas aéreas para proteger a Ucrânia contra devastadores ataques russos, numa altura em que os sinais de cansaço da guerra pressionam os esforços ocidentais para manter o apoio a Kiev.
Um pacote europeu de 50 mil milhões de euros até 2027 está a ser bloqueado pela Hungria, que piorou as perspetivas da Ucrânia para o começo de 2024, quando do outro lado do Atlântico, nos Estados Unidos, o apoio de Washington se mantém num impasse.
O Congresso dos Estados Unidos não conseguiu aprovar no final de 2023 um novo pacote de ajuda militar de cerca de 56 mil milhões de euros, devido a objeções levantadas pela oposição republicana, com alguns congressistas a preferirem um investimento na segurança na fronteira com o México.