Grupo de Cafôfo ataca críticos e garante que não haverá demissão seja qual for resultado eleitoral
Vários dirigentes do PS-Madeira saíram, esta manhã, em defesa da lista encabeçada por Paulo Cafôfo e atacaram os críticos, em especial o ex-deputado Arlindo Oliveira, que na edição impressa do DIÁRIO de hoje questionou se o líder socialista madeirense vai demitir-se caso obtenha uma derrota nas eleições legislativas nacionais de Março. A resposta da linha afecta a Cafôfo, que pode ser resumida numa declaração da secretária-geral Marta Freitas, é que não haverá demissões, seja qual for o resultado eleitoral: “O PS-Madeira enfrentará as eleições de 10 Março com empenho e determinação, mas sempre com foco em 2027. O foco do PS-Madeira está em 2027 e afirmar-se como a solução governativa na Região“.
O deputado Victor Freitas é um dos que atacam Arlindo Oliveira: “O ruído produzido hoje por um militante do PS faz-me lembrar um PS-M do passado ao qual nenhum socialista quer voltar”.
O militante ‘histórico’ Duarte Caldeira considera “estranho que militantes pouco participativos na vida do PS-Madeira venham agora criticar, sem qualquer razão à vista, uma decisão dos seus órgãos” no processo de elaboração da lista de candidatos liderada por Cafôfo, porque acha que este “tem o direito de escolher a sua equipa, tanto para os órgãos do Partido, como os nomes dos candidatos a lugares”. O engenheiro natural do Seixal estende as suas críticas a Carlos Pereira e considera natural o seu afastamento da lista de candidatos pelo círculo da Madeira à Assembleia da República, porque “em política os lugares não são vitalícios e têm o seu fim quando acabar o mandato”. Mas acusa-o ainda de ser mal-educado: “É do conhecimento público o mau relacionamento de Carlos Pereira com todos os órgãos do Partido, incluindo a sua falta de educação ao recusar o cumprimento do Presidente do PS/M no recente congresso. Isso passou-se mesmo à minha frente e até houve um convidado de outro partido que já se referiu a isso no DIÁRIO de segunda-feira”.
Jacinto Serrão é outro deputado que sai em defesa de Cafôfo: “O sucesso do líder é o sucesso do Partido. O próximo acto eleitoral à Assembleia da República, atendendo ao contexto político nacional, é um desafio muito difícil para o Partido Socialista e todos os militantes têm o dever moral, de apoiar activamente a candidatura do partido”.
O presidente da Comissão Regional, Rui Caetano, apresenta outra explicação para as actuais críticas: “Paulo Cafôfo tem a vantagem de ser o grande responsável por transformar o nosso PS num partido de verdadeira alternativa à governação da Região. Deixamos de ser apenas o maior partido da oposição, com Paulo Cafôfo, a possibilidade de ganharmos eleições é sempre uma realidade e não uma utopia, por isso, é sempre um alvo a derrubar pelos nossos adversários”.
É de salientar a aparente coordenação da resposta nas redes sociais da linha afecta a Paulo Cafôfo, já que teve lugar num curto espaço de tempo e com argumentos idênticos.