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MP brasileiro investiga rede social chinesa Kwai por criar "conteúdos e perfis falsos"

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O Ministério Público do Brasil abriu hoje uma investigação contra a rede social chinesa Kwai pela criação de "conteúdos e perfis falsos para impulsionar visualizações", especialmente durante as eleições presidenciais de 2022.

"O objetivo do procedimento é apurar se a plataforma digital de origem chinesa tem promovido conteúdos e perfis falsos para impulsionar visualizações", indicou o Ministério Público Federal, em comunicado.

A investigação visa esclarecer "possíveis condutas ilícitas" da popular plataforma de vídeos curtos, que opera no Brasil desde o final de 2018, detalhou.

As autoridades brasileiras afirmam terem "indícios de que postagens na rede com informações inverídicas e apelativas sejam produzidas", não por utilizadores, mas sim pela própria plataforma.

O Ministério Público Federal investiga uma "possível produção e circulação de notícias falsas na rede social, sobretudo durante a eleição de 2022, com a finalidade de aumentar a sua audiência", durante um processo eleitoral que foi altamente polarizado entre Lula da Silva e Jair Bolsonaro.

O Ministério Público Federal já exigiu explicações da Joyo Tecnologia Brasil, representante da Kwai no Brasil, bem como das agências de publicidade que estariam por trás das publicações falsas.

Este caso corre em paralelo com outro em São Paulo, que investiga desde 2021 o YouTube, TikTok, Instagram, Facebook, X, Whatsapp e Telegram por alegadas omissões no combate à desinformação e à violência digital.

No entanto, o foco do processo contra a Kwai será inédito, já que pela primeira vez a acusação vai investigar a rede social chinesa, não como intermediária, mas como "autora de conteúdos falsos" e disseminadora dos mesmos.