Pedro Nuno diz que Portugal estaria "muito melhor" se críticos igualassem os seus resultados
O secretário-geral do PS considerou hoje que Portugal estaria "muito melhor" se os políticos que criticam a TAP tivessem conseguido os mesmos resultados que a companhia começou a alcançar no tempo em que foi ministro das Infraestruturas.
"Nós estamos a falar de uma empresa que estava parada, uma empresa que, quando assumi funções como ministro, dava prejuízos na ordem dos 100 milhões de euros, e nós deixámos a empresa saudável, a dar lucro. Se todos os outros políticos que vão falando conseguissem estes resultados, nós estaríamos muito melhor em Portugal", salientou Pedro Nuno Santos à margem de uma iniciativa em Ílhavo, no distrito de Aveiro.
O novo líder socialista reafirmou hoje que a injeção de capital na TAP foi um processo com êxito, alegando que o Governo herdou uma companhia parada e a dar prejuízo e que agora está a dar lucro.
"Estamos sempre a queixar-nos de empresas que funcionam mal. Esta é uma empresa que foi deixada a dar lucro, que está saudável e a bater recordes", afirmou, durante uma visita à empresa Motofil, em Ílhavo.
O secretário-geral socialista reagiu assim às declarações do líder do PSD, que o acusou de gerir "com ligeireza a coisa pública", devido às posições assumidas pela TAP na contestação à ação judicial interposta pela ex-presidente da empresa.
Em conferência de imprensa, na quarta-feira, o vice-presidente do PSD Miguel Pinto Luz disse ter lido "com espanto" a contestação da TAP à ação movida pela ex-presidente executiva (CEO) em que uma das alegações é que Christine Ourmières-Widener "nunca foi trabalhadora da companhia".
Questionado pelos jornalistas, Pedro Nuno recusou comentar os argumentos de ambas as partes em litígio, adiantando apenas que este foi um processo com êxito.
A ex-presidente executiva da TAP Christine Ourmières-Widener foi exonerada por justa causa, em abril de 2023, no seguimento da polémica indemnização de meio milhão de euros à antiga administradora Alexandra Reis, que levou à demissão do então ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e do seu secretário de Estado Hugo Mendes, e à constituição de uma comissão parlamentar de inquérito à gestão da companhia aérea.