DNOTICIAS.PT
Explicador Madeira

Conheça os Critérios de Emissão dos Avisos Meteorológicos

Ontem assinalou-se o dia do Instituto Português do Mar e da Atmosfera

None

Com responsabilidades ao nível do território nacional nos domínios do mar e da atmosfera, o IPMA concentra os seus esforços de investigação em projectos que revertam para aplicações directas com utilização na actividade operacional, na procura de uma melhoria progressiva da informação disponibilizada aos seus utilizadores, quer a oferta revista um carácter comercial, quer de serviço público e em particular, neste caso, com a preocupação orientada para a salvaguarda de pessoas e bens. 

Os Avisos Meteorológicos, que nos últimos dias voltaram a chamar a atenção para o previsível agravamento do estado do tempo no Arquipélago da Madeira, é um dos recursos mais utilizados pelo IPMA decorrente da vigilância e monitorização da meteorologia.

Porque ao IPMA compete assegurar a Vigilância Meteorológica e emitir Avisos Meteorológicos sempre que se prevê ou se observam fenómenos meteorológicos adversos, os Avisos emitidos tem por objectivo avisar as Autoridades de Protecção Civil e a população em geral para a ocorrência de situações meteorológicas de risco, que nas próximas 72 horas possam causar danos ou prejuízos a diferentes níveis, dependendo da sua intensidade. Os Avisos são emitidos em relação às seguintes situações: vento forte, precipitação forte, queda de neve, trovoada, frio, calor, nevoeiro persistente e agitação marítima.
Tendo em conta as diferentes características dos fenómenos meteorológicos, incidência e efeitos causados, foram estabelecidos Critérios de Emissão para cada situação.
Os Avisos são emitidos à escala distrital – critérios de emissão não são uniformes - para diferentes parâmetros meteorológicos, segundo uma tabela de cores, que reflecte o grau de intensidade do fenómeno.

O Aviso Amarelo corresponde a ‘Situação de risco para determinadas actividades dependentes da situação meteorológica. Acompanhar a evolução das condições meteorológicas’, ou seja, significa situação meteorológica de risco mais baixo de acordo com o guia de utilização dos Avisos Meteorológicos’ do IPMA.

Já o Laranja, emitido para situação de risco intermédio, indica ‘Situação meteorológica de risco moderado a elevado. Manter-se ao corrente da evolução das condições meteorológicas e seguir as orientações do SRPC (caso da RAM’.

O mais grave é o Aviso Vermelho, que é emitido sempre que se prevê ou se observa ‘Situação meteorológica de risco extremo. Manter-se regularmente ao corrente da evolução das condições meteorológicas e seguir as orientações do SRPC (caso da RAM) ‘.


Ontem, dia 17 de Janeiro, foi o dia do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), instituição criada em 2012 e resultante da integração de diferentes organismos, numa lógica de interface oceano/atmosfera.

Num contexto de crescente evidência de alterações climáticas, as comemorações contemplaram um debate com reputados especialistas, sobre o nexus oceano/clima, num período que tem vindo a ser designado por ‘Novo Normal’ e marcado por fenómenos climáticos extremos, secas prolongadas e fogos rurais intensos, bem como pelas alterações ao nível na dinâmica global do Oceano, no ambiente marinho, na subida do nível médio das águas do mar, na biodiversidade e recursos marinhos.

Portugal, no seu todo, incluindo as Regiões Autónomas, está particularmente exposto a estes fenómenos, pelo que o domínio da previsão e monitorização tem uma dimensão crítica para a salvaguarda de pessoas e bens, sendo ainda fulcral para uma boa gestão dos recursos e apoio às políticas públicas no âmbito da prevenção e boa governança da nossa Zona Económica Exclusiva (ZEE), apoiado em sólido conhecimento científico, como compete a um Laboratório de Estado e de referência.