"Abandono" dos profissionais das forças de segurança afecta toda a sociedade
Chega e PCP apresentam voto de solidariedade aos profissionais das forças de segurança. Partidos unânimes na defesa
Miguel Castro, do Chega, foi o primeiro a lembrar a luta dos profissionais das forças de segurança em Portugal, que nos últimos dias têm vindo a reivindicar os seus direitos laborais em acções de vigília e manifestações, também na Madeira. Também os guardas prisionais têm vindo a pedir um olhar mais atento por parte dos governantes ao trabalho de diariamente desempenham.
Pelo PCP, Ricardo Lume defendeu um subsídio de risco que faça "jus à perigosidade das funções" dos profissionais das forças de segurança. Não se trata de estar "contra o subsídio atribuído à Polícia Judiciária", mas sim de não alimentar uma "discriminação" tão grande.
Rafael Nunes, do JPP, juntou-se ao voto de solidariedade, por considerar que a falta de condições dos profissionais de segurança afecta toda a sociedade. Lamentou o "abandono" que nem os governos do PS, nem do PSD, "tiveram a capacidade de resolver".
O centrista Lopes da Fonseca falou de "uma questão séria" e disse que o estado das forças de segurança em Portugal é "calamitoso".
Para Roberto Almada, do BE, o subsídio reivindicado pela PSP e pela GNR tem vindo a ser protelado. "É de toda a justiça" a reivindicação, continuou, lembrando que, na Madeira, discute-se também a necessidade de um subsídio de insularidade e a melhoria, no caso da PSP, de muitas esquadras.
Carlos Rodrigues, do PSD, disse que estes profissionais são "mal-pagos e destratados" pelo Governo da República. Considerou que a Madeira tem vindo a assumir responsabilidades que competem ao Estado para que os profissionais das forças de segurança tenham condições dignas.
A Iniciativa Liberal também se associou aos votos de solidariedade, por entender que o trabalho dos profissionais de segurança merece a devida dignidade.
"O Estado tem o dever de garantir os direitos fundamentais aos profissionais das forças de segurança", disse Mónica Freitas, do PAN, se associando aos dois votos de solidariedade.
Jacinto Serrão, do PS, destacou a "nobre missão" destas instituições e apontou que a PSP e a GNR merecem dos governos, sejam eles quais forem, a dotação de condições dignas para o desempenho de funções.