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Exército ataca posições terroristas em troca de ofensivas com milícias no Líbano

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O Exército israelita atacou hoje posições das milícias libanesas e do Hezbollah no sul do Líbano, onde também destruiu "infraestruturas terroristas", enquanto o grupo xiita reivindicou cinco ataques contra o norte de Israel, incluindo dois lançamentos de mísseis.

"A probabilidade de uma guerra no norte é maior do que antes. Quando necessário, avançaremos com todas as nossas forças", garantiu hoje o tenente-general Herzi Halevi, citado num comunicado das forças israelitas (IDF, na sigla em inglês), após a visita a um centro de treino de reservistas no norte de Israel.

Numa nova jornada de fogo cruzado na fronteira com o Líbano, os israelitas identificaram "o lançamento de um míssil antitanque do Líbano em direção à zona de Gladiola" em Israel, respondendo com "ataques contra a origem do fogo", detalhou o Exército.

Aviões de combate israelitas atacaram também "infraestruturas terroristas e complexos militares do Hezbollah na área de Hula, no Líbano", e tanques israelitas "dispararam para eliminar uma ameaça" em Ayta ash Shab, em território libanês.

O Exército israelita também atacou "uma célula terrorista" num complexo na área de Marwahin e, de acordo com outro comunicado, vários alvos responsáveis por ataques anteriores, em Rosh HaNikra e na área de Cheba Farms.

O Hezbollah, grupo aliado do Hamas e apoiado pelo Irão, tem realizado com ataques quase desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas em Gaza.

O grupo xiita assumiu hoje a responsabilidade por cinco novos ataques contra o norte de Israel, incluindo dois lançamentos de mísseis.

Quatro das ações foram dirigidas contra grupos de soldados israelitas que estavam nas proximidades de diferentes postos militares, enquanto a quinta teve como alvo o assentamento de Manara, na fronteira com o Líbano, adiantou o Hezbollah numa série de declarações.

O ataque a Manara atingiu pelo menos uma propriedade na localidade, em resposta às "ações do inimigo contra aldeias e casas de civis" no sul do Líbano, acrescentou o movimento xiita, que normalmente dirige as suas operações quase exclusivamente contra alvos militares.

Entre as operações realizadas hoje pelo grupo destaca-se o lançamento de mísseis de alto calibre do tipo 'Burkan', projéteis com capacidade para transportar ogivas de até meia tonelada, conforme anunciado no final do ano passado pelo líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah.

Esta escalada de tensões é já a pior fase de violência na região desde a guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah.

As hostilidades, em curso desde 08 de outubro, resultaram na morte de pelo menos 225 pessoas, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah.

Segundo dados do Exército israelita, as suas tropas mataram cerca de 170 milicianos no Líbano e atacaram cerca de 750 posições militares, em grande parte do Hezbollah, mas também de milícias palestinianas que operam na área.

Em Israel, um total de 18 pessoas morreram na zona fronteiriça, incluindo 12 soldados e seis civis, incluindo uma mulher idosa e o seu filho, devido ao impacto de um míssil antitanque.