China apela à contenção após ataque no Paquistão atribuído ao Irão
Pequim, que mantém laços estreitos com Islamabade e Teerão, apelou hoje à "contenção", na sequência de um ataque aéreo no Paquistão atribuído ao Irão, que matou duas pessoas na fronteira entre os dois países.
"Apelamos a ambas as partes para que se contenham, evitem ações que possam exacerbar as tensões e trabalhem em conjunto para manter a paz e estabilidade", disse a porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning.
A China "considera o Irão e o Paquistão como vizinhos próximos e importantes países islâmicos", sublinhou a porta-voz.
Irão e Paquistão são ambos membros da Organização de Cooperação de Xangai, uma estrutura regional de cooperação no âmbito da Defesa cujos membros fundadores incluem China e Rússia.
Na quarta-feira, o Paquistão acusou o Irão de realizar um ataque aéreo que matou duas crianças no seu território, na sequência de ataques semelhantes levados a cabo por Teerão no Iraque e na Síria contra o que o Irão descreveu como "grupos terroristas anti-iranianos".
Islamabade descreveu o ataque como "totalmente inaceitável" e injustificado.
As autoridades iranianas não se pronunciaram de imediato.
De acordo com a agência iraniana Nour News, o ataque levou à destruição da sede paquistanesa do grupo jihadista Jaish al-Adl (Exército da Justiça, em árabe).
O Jaish al-Adl, formado em 2012, é considerado um grupo terrorista por Teerão e realizou vários ataques em solo iraniano nos últimos anos.
Na terça-feira, o Irão disparou mísseis contra o que descreveu como sedes de "espionagem" e alvos "terroristas" na Síria e no Curdistão iraquiano autónomo.