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A Guerra Mundo

Ursula von der Leyen insiste que processo de adesão da Ucrânia vai prosseguir

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A presidente da Comissão Europeia assegurou hoje que a União Europeia (UE) está empenhada na adesão da Ucrânia ao bloco comunitário e que a ideia de um "futuro europeu vai dar força" às tropas no terreno.

"Querido Volodymyr Zelensky [Presidente ucraniano], os nossos corações estão com os vossos soldados na linha da frente. Manter a fé de um futuro europeu vai dar-lhes forças. A Comissão está a avançar com o processo de adesão e a assegurar os meios para recuperar, reconstruir e reformar [o país] através do Mecanismo Ucrânia", escreveu Ursula von der Leyen na rede social X (antigo Twitter), depois de discursar no Fórum Económico Mundial, em Davos, na Suíça.

A líder do executivo comunitário foi uma das vozes que hoje em Davos apelou à necessidade de continuar a apoiar a Ucrânia, praticamente dois anos desde o início da invasão da Rússia, que continua a ocupar uma grande percentagem do território ucraniano.

Os confrontos entre os dois beligerantes prosseguem na linha da frente e nos territórios ocupados. As últimas semanas foram marcadas por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, enquanto as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Zelensky tem insistido na necessidade de os países que apoiam a Ucrânia redobrarem a ajuda até hoje prestada e, apesar das proclamações feitas pela Comissão Europeia e pela Aliança Atlântica, o apoio do Ocidente, nomeadamente do lado norte-americano, parece estar a abrandar.

Em Washington, as futuras eleições presidenciais de novembro estão a suscitar preocupação, em particular por causa de um potencial regresso à Casa Branca do ex-Presidente Donald Trump e das suas conhecidas críticas à NATO, organização político-militar da qual Portugal é membro fundador e que tem nos Estados Unidos o grande contribuidor.

Em simultâneo, nos Estados Unidos a política externa está praticamente voltada para o conflito entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas e o possível contágio a outras zonas do Médio Oriente.

A nível europeu, as promessas e garantidas de Bruxelas também não descansam Kiev, já que a Hungria (que irá assumir a presidência rotativa do Conselho da UE no segundo semestre de 2024) conseguiu bloquear o apoio de 50 mil milhões de euros que daria estabilidade ao nível do financiamento à Ucrânia até 2027.

No passado dia 14 de dezembro, o Conselho Europeu decidiu abrir as negociações formais de adesão à UE com a Ucrânia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).