Centenas de elementos das forças de segurança em manifestação no Funchal
Militares da Guarda Nacional Republicana (GNR), agentes da Polícia de Segurança Pública, elementos da Polícia Marítima e do corpo da Guarda Prisional juntaram-se esta noite, numa manifestação na Praça do Município, no Funchal, para pedir melhores salários e condições de trabalho, além da reivindicação de um suplemento de missão.
Ao DIÁRIO Adelino Camacho, coordenador regional da ASPP/PSP–Madeira - Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, explicou que os polícias decidiram esta sexta-feira avançar com esta manifestação: “Os polícias acharam que hoje era o dia ideal e, como tal, houve um promotor, que são os polícias, e que foi autorizada pelo presidente da Câmara”.
Relativamente à presença de restantes forças de segurança referiu: “Eles também padecem dos mesmos problemas”.
Nos últimos dias em todo o país têm existido vigílias de protestos de agentes da PSP, que se queixam de discriminação depois do Governo ter atribuído um suplemento de missão apenas à Polícia Judiciária. Apesar de concordarem com a atribuição do suplemento, afirmam que deveria existir equidade para todas as forças de segurança.
Na Madeira, esta segunda-feira, e tal como noticiado pelo DIÁRIO, três centenas de polícias estiveram neste mesmo local numa vigília. O mesmo aconteceu no Porto Santo, onde dezenas de elementos da PSP e GNR também concentraram-se em frente ao Largo do Município numa tentativa de chamar a atenção da tutela.
Os protestos têm aumentado por todo o país e não existem certezas de quando irão terminar.
O movimento inorgânico surgiu dentro da PSP, mas outras forças de segurança têm marcado presença nestas concentrações.
“Vão continuar até que a tutela resolva o nosso problema e que sejamos de facto ouvidos”, concluiu o coordenador regional da ASPP/PSP.