PCP defende a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais para todos os trabalhadores
O PCP entregou, na Assembleia Legislativa da Madeira, uma Proposta de Lei à Assembleia da República que defende a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais para todos os trabalhadores e o combate da desregulação do horário de trabalho. No âmbito dessa iniciativa, o partido visitou, esta manhã, acções de contacto com trabalhadores.
"Os avanços técnicos e científicos têm permitido a concentração da riqueza nos grupos económicos e financeiros, mas não têm representado melhoria das condições de articulação da vida familiar, pessoal e profissional dos trabalhadores. Pelo contrário, nos últimos anos tem aumentado o número de trabalhadores que laboram aos sábados, domingos e feriados, que laboram por turnos, e cujos horários de trabalho têm sido desregulados através de mecanismos diversos, nomeadamente de bancos de horas", referiu Ricardo Lume.
O deputado diz não ser aceitável que, com o desenvolvimento alcançado, ainda existam "horários de trabalho do século passado", bem como "a desregulação do horário de trabalho, impedindo muitas vezes a conciliação entre a vida laboral com a vida familiar e social".
Na Madeira a luta dos trabalhadores dos diversos sectores de actividade, sejam do sector empresarial público ou do sector privado para a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais tem garantido passos na redução do horário de trabalho, mas em muitos casos as 35 horas de trabalho semanal ainda é uma miragem para a grande maioria dos trabalhadores madeirenses e porto-santenses. Ricardo Lume
Na ocasião fez questão de ressalvar a luta dos trabalhadores do CARAM, bem como da GESBA, ARM e dos Horários do Funchal, que pretendem a redução do horário de trabalho. Apenas os do Centro de Abate da Madeira já conseguiram essa reivindicação.