Diplomacia israelita acusa África do Sul de ser braço jurídico do Hamas
A diplomacia israelita acusou hoje a África do Sul de comportar-se como "o braço legal da organização terrorista Hamas" ao acusar Israel de genocídio perante o mais alto tribunal da ONU.
"A África do Sul procura permitir que o Hamas volte a cometer os crimes de guerra, crimes contra a humanidade e crimes sexuais que perpetraram repetidamente em 07 de outubro", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, num comunicado.
Pretória apelou ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para ordenar a Israel que "suspenda imediatamente as suas operações militares" na Faixa de Gaza, acusando este país de violar a Convenção das Nações Unidas sobre o Genocídio.
Perante esta acusação, Israel classificou os advogados da África do Sul de "representantes do Hamas no tribunal".
"A África do Sul, que se comporta como o braço legal da organização terrorista Hamas, distorceu completamente a realidade de Gaza após o massacre de 07 de outubro", denunciou a diplomacia israelita.
Para Telavive, a África do Sul "ignorou completamente o facto de os terroristas do Hamas terem entrado em Israel, assassinado, executado, massacrado, violado e raptado cidadãos israelitas pela única razão de serem israelitas, numa tentativa de cometer um genocídio".
A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes, em 07 de outubro, perpetrado pelo movimento islamita palestiniano em solo israelita, que provocou cerca de 1.200 mortos, a maioria civis.
Em retaliação, Israel prometeu aniquilar o Hamas, classificado como grupo terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
As suas operações militares na Faixa de Gaza provocaram pelo menos 23.357 mortos, a maioria mulheres, adolescentes e crianças, segundo os mais recentes dados do Ministério da Saúde do Hamas.