Pelo menos 13 feridos em ataque russo a hotel em Kharkiv
Dois mísseis russos atingiram um hotel em Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, na quarta-feira à noite, ferindo 13 pessoas, incluindo dois jornalistas estrangeiros, anunciaram hoje as autoridades ucranianas.
"Treze pessoas ficaram feridas. Entre elas, dois jornalistas da imprensa turca: um cidadão turco e um cidadão georgiano", disse a Procuradoria-Geral da Ucrânia na plataforma de mensagens Telegram.
Dez pessoas estão hospitalizadas, disse o Ministério Público ucraniano.
Os serviços de emergência confirmaram a existência de 13 feridos e a retirada de 19 pessoas, também no Telegram, onde publicaram um vídeo das operações de resgate, mostrando um pequeno edifício com janelas quebradas.
De madrugada, o autarca de Kharkiv garantiu, no Telegram, que um dos feridos estava "em estado muito grave".
Vários outros edifícios, incluindo dois prédios residenciais, bem como automóveis, também foram danificados pelo ataque russo, disse Igor Terekhov.
Já o governador da região de Kharkiv disse que dois mísseis russos S-300 atingiram o hotel, localizado no distrito de Kyivskyi e onde se encontravam 30 civis, por volta das 22:30 (20:30 em Lisboa).
Oleg Synegoubov notou que o ferido mais grave foi um homem de 35 anos, enquanto os outros feridos são três homens de 31 a 38 anos e sete mulheres de 23 a 71 anos.
Localizada a cerca de 30 quilómetros da fronteira com a Rússia, Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, é regularmente alvo de bombardeamentos.
Por seu lado, o Ministério da Defesa russo afirmou durante a noite ter destruído quatro drones ucranianos sobre as regiões de Tula, Kaluga e Rostov.
As autoridades regionais de Voronezh, no oeste da Rússia, também indicaram que um drone ucraniano atingiu "o telhado de um edifício não residencial", sem causar feridos.
A Rússia invadiu o estado vizinho em 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste da Ucrânia e "desnazificar" o país, independente desde 1991.
A ofensiva militar mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).