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Países do Mercosul "condenam veementemente" violência do crime organizado no Equador

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Os países do Mercosul condenaram hoje "veementemente os atos de violência" de grupos do crime organizado no Equador e expressaram solidariedade ao povo e país.

"Os Estados parte do Mercosul [Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai] condenam veementemente os atos de violência perpetrados por grupos relacionados ao crime organizado transnacional que afetam a segurança interna da República do Equador", indicou a organização em comunicado.

Ainda na mesma nota, os países expressaram solidariedade ao Governo e povo do Equador, um estado associado da organização, "assim como seu respaldo irrestrito à institucionalidade democrática desse país, no marco do respeito aos direitos humanos".

O Presidente do Equador, Daniel Noboa, declarou hoje que o seu país se encontra em estado de guerra, na sequência de ações violentas de grupos de crime organizado, que descreve como "terroristas", e que o levaram a declarar um "conflito armado interno" na terça-feira.

Este país sul-americano já estava em estado de emergência desde segunda-feira, após a fuga de dois líderes de gangues criminosos, admitindo a existência de um conflito armado interno a nível nacional.

Depois de distúrbios em seis prisões terem levado à fuga de presos considerados altamente perigosos, o país viveu, na terça-feira, um dia de terror que provocou pelo menos oito mortos em diversos atos violentos, como a tomada temporária de um canal de televisão por um grupo armado em Guayaquil, incêndios de carros, ameaças em universidades, instituições estatais e empresas.

As autoridades equatorianas relataram ter feito pelo menos 70 detidos nos tumultos.