Questões de início de ano
O leitor já imaginou o que seria o custo de vida sem os apoios dados pelo Governo Regional, para fazer face ao surto inflacionista e às guerras em curso? Já fez contas de quanto está a poupar? Já refletiu sobre o impacto das reduções do IRS no bolso de cada um? Já ponderou quanto é que teria de pagar, verdadeiramente, para aceder a serviços na Saúde, na educação, nos Transportes, na alimentação?!
Por exemplo, quanto custaria o pão, a massa ou o arroz sem os 600 mil euros que o Governo Regional já derramou com a reserva de cereais?
Por exemplo, quanto custariam os transportes (para já não estar aqui a falar dum medida fundamental, que é a dos transportes gratuitos para quem até 23 anos ou mais de 65 anos) públicos se não fossem as comparticipações do Governo?
Por exemplo, quanto é que recebe a mais, com a redução do IRS que contempla em 30% as famílias com rendimentos até ao 5º escalão e com redução progressiva nos outros escalões? Só para ter uma ideia, entre 2016 e 2023, foram evolvidos às famílias madeirenses 291 milhões de euros! Redução de impostos já significa mais um ordenado no final do ano!
Por exemplo, o número de postos defendidos através dos apoios dados às empresas (208 milhões de euros) e que abrangeram, só para ter uma ideia, em 2023, os 78 mil empregos?
Por exemplo, quanto é que custaria a mais uma garrafa de gás às famílias carenciadas?
Por exemplo, qual seria o custo verdadeiro de um litro de combustível sem o apoio do Governo?
Por exemplo, qual seria o custo verdadeiro da tarifa energética?
Por exemplo, quantas pessoas estaria no desemprego se não fossem as medidas fomentadoras do emprego e do empreendedorismo e os apoios para manutenção e criação de novos postos de trabalho?
Por exemplo, quanto custaria o acesso a um lar sem o apoio dado pelo Governo?
Por exemplo, quanto custariam os medicamentos às famílias carenciadas e aos pensionistas sem a ajuda da Região?
Por exemplo, quanto custariam verdadeiramente as refeições aos idosos abrangidos pelas refeições domiciliárias?
Por exemplo, quanto custaria a cada família pagar um cuidador de um ente querido sem o apoio do Governo?
Por exemplo, qual seria o verdadeiro custo de uma renda ou de uma aquisição de casa nos regimes de habitação social ou a custos controlados?
Por exemplo, quanto custariam os manuais digitais e outros materiais entregues, anualmente, aos alunos, se fosse para os pais comprarem?
Por exemplo, quanto custaria, efetivamente, o acesso a uma creche a um jardim-de-infância sem o apoio do Governo?
Por exemplo, quanto custaria o acesso a um desporto sem os apoios do Governo?
Por exemplo, quanto que as famílias teriam de desembolsar sem o apoio da Ação Social escolar?
Por exemplo, quanto é que cada um de nós poupa, anualmente, com a comparticipação do Governo Regional nos preços das consultas médicas convencionadas?
Por exemplo, quanto é que custariam uns óculos a um idoso ou a uma Criança sem o + Visão?
Por exemplo, quanto custaria os exames, as análises, os tratamentos na fisioterapia, as próteses, sem os apoios do Governo?
Por exemplo, quanto custaria a institucionalização, por pessoa, com doença mental?
Por exemplo, quanto é que custaria, a cada agricultor, a água de rega?
Por exemplo, quanto é que custaria os adubos e outros produtos de apoio agrícola sem os apoios do Governo? E depois qual seria o reflexo desses maiores custos junto do consumidor?
Por exemplo, quanto custaria um quilo de carne ou de peixe sem os apoios dados aos produtores e aos pescadores?
Por exemplo, qual seria o valor de uma viagem marítima ou aérea para o Porto Santo ou para o Continente?
Enfim, exemplos destes são às centenas! E não estou aqui a contabilizar o acesso generalizado à Saúde ou à Educação, as medidas ambientais, os equipamentos construídos em benefício da população. Ou sequer a justiça, a dignidade concedida a classes profissionais como os professores, os médicos, os enfermeiros ou outros profissionais de Saúde.
Não, apenas peço, a cada um, que faça as contas de quanto é que estes apoios (e outros que nem sequer aqui coloquei) representam para o seu bolso.
Depois, compare com os apoios, também per capita, que os governos ditos socialistas do Continente deram nestes anos. A diferença, vai ver que sim, é abissal. Na Madeira, sim, vive-se e pratica-se um verdadeiro Estado Social!
Ângelo Silva