DNOTICIAS.PT
País

Portugal manifesta "forte preocupação" com violência no Equador

None

O Governo português manifestou hoje "forte preocupação" com a violência no Equador, desencadeada por grupos criminosos armados, e manifestou solidariedade aos equatorianos e aos esforços das autoridades para "repor a normalidade".

Numa nota divulgada na rede social X, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português realçou que "Portugal expressa forte preocupação pela violência desencadeada no Equador por grupos criminosos armados".

"Manifesta solidariedade ao povo equatoriano e aos esforços das autoridades no sentido de repor a normalidade no país no respeito pelos princípios do Estado de direito", pode ler-se ainda na nota do ministério liderado por João Gomes Cravinho.

A publicação do Governo português partilhava ainda a nota divulgada pelo chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, que disse hoje estar "profundamente preocupado com o grave recrudescimento da violência no Equador, orquestrada por grupos criminosos".

Também o secretário-geral da Nações Unidas, António Guterres, está "muito alarmado com a deterioração da situação" no Equador, mergulhado num "conflito armado interno" com grupos de traficantes de droga, declarou hoje o seu porta-voz.

China, Rússia, Estados Unidos, Brasil, Espanha, Chile, Colômbia e Peru são alguns dos países que já manifestaram o seu apoio ao Equador na sequência de vários atos de terror causados por grupos criminosos nos últimos três dias.

O Presidente do Equador, Daniel Noboa, declarou hoje que o seu país se encontra em estado de guerra, na sequência de ações violentas de grupos de crime organizado, que descreve como "terroristas", e que o levaram a declarar um "conflito armado interno" na terça-feira.

Este país sul-americano já estava em estado de emergência desde segunda-feira, após a fuga de dois líderes de gangues criminosos, admitindo a existência de um conflito armado interno a nível nacional.

Depois de distúrbios em seis prisões terem levado à fuga de presos considerados altamente perigosos, o país viveu, na terça-feira, um dia de terror que provocou pelo menos oito mortos em diversos atos violentos, como a tomada temporária de um canal de televisão por um grupo armado em Guayaquil, incêndios de carros, ameaças em universidades, instituições estatais e empresas.

As autoridades equatorianas relataram ter feito pelo menos 70 detidos nos tumultos.