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Portugal foi o segundo comprador e o quarto vendedor no mercado futebolístico

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Foto Lusa

Os clubes portugueses foram os segundos mais compradores no mercado de transferências de futebolistas, só ultrapassados pelos ingleses, e os quartos mais vendedores, segundo um relatório da FIFA hoje divulgado.

De acordo com o relatório de transferências internacional, sobre o período de transferências entre 01 de junho e 01 de setembro último, os emblemas portugueses contrataram 400 jogadores, um valor apenas superado pelos conjuntos ingleses (449), e a larga distância dos brasileiros (340), terceiros na lista.

A este volume aquisitivo corresponde também um significativo número de saídas (428), que colocam a I Liga portuguesa no quarto posto entre os vendedores, atrás, mais uma vez, de Inglaterra (514), mas também de Brasil (455), segundo neste capítulo, e de Espanha (432).

Nesta contabilidade, a Arábia Saudita é a grande novidade, com 201 jogadores contratados, que a colocam no 11.º posto entre os compradores -- contra 106 futebolistas vendidos, o 26.º do mundo neste ranking --, sendo que este país asiático se destacou muito mais nos valores despendidos do que na quantidade.

Os 875,4 milhões de dólares (cerca de 818 milhões de euros, ME) colocam a Arábia Saudita no segundo lugar dos campeonatos mais gastadores, igualmente atrás da todo-poderosa Inglaterra com quase dois mil milhões de dólares investidos (1.980 milhões de dólares, aproximadamente 1.850 ME).

No entanto, a Premier League assegurou um retorno de 956,2 milhões de dólares (893 ME), o segundo mais elevado do verão de 2023, só ultrapassado pela Alemanha, com receitas de 1.100 milhões de dólares (1.030 ME), que representou mais de 15% dos valores recebidos em transferências neste período.

Neste capítulo, os 15,7 milhões de dólares (14,7 ME) recebidos pelos clubes árabes atestam a tendência compradora desta pretendente a Liga emergente, apenas com o 34.º encaixe total no mundo.

Depois de ter sido o quinto que mais lucrou, no verão de 2022, de acordo com o mesmo relatório, com 350 milhões de dólares (327 ME ao câmbio atual), Portugal baixou para o sétimo posto, com os 312,3 milhões de dólares arrecadados (292 ME).

Além de Inglaterra e Alemanha, a I Liga ficou atrás de França, terceira (887,8 milhões de dólares), Itália, quarta (886 milhões de dólares) -- sétima em 2022 --, Espanha, quinta (558,8 milhões de dólares), e Países Baixos (411,3 milhões de dólares), sextos.

Nos investimentos, Portugal continua como o oitavo mais gastador, com 216,4 milhões de dólares (202,2 ME).

Este relatório anual da FIFA confirma um aumento de 2,2% do número de transferências e de 47,2% dos valores envolvidos nestas transações no mercado de transferências masculino, e de 19,1% e 140,8% no feminino, respetivamente.

No futebol masculino, o organismo que rege o futebol mundial registou 10.125 transferências, um novo recorde -- superando as 9.906 de 2022 --, num total de 7,36 milhões de dólares movimentados (aproximadamente 6,88 mil ME), mais 45% do que os 5,8 milhões de dólares do anterior máximo, que remontava a 2019.

Também as comissões pagas a agentes bateram o anterior recorde, para um total de 696,6 milhões de dólares (650,8 ME), superando os 536,2 milhões de dólares de 2019. Em 2022, os empresários faturaram 494,5 milhões de dólares.

A maioria dos jogadores transacionados estava sem contrato (56,6%), um valor muito acima dos que foram transferidos a título definitivo (19,3%), por empréstimo (12,7%) ou em regresso após cedência (11,5%).

No feminino, ocorreram 829 transferências, mais 19,1% do que no ano passado, com os montantes cobrados a duplicarem, para um total de três milhões de dólares (2,8 ME).