A maior parte da classe decisora, dos políticos, dos chefes e dos donos disto tudo é rica. Dinheiro de famílias, sobrenomes pomposos que até transpiram dinheiro ou cursos tirados numa época onde a licenciatura era garantia para se “ser” doutor e ter um salário maravilhoso que, daí para cá, só cresce. Essa classe nunca sentiu dificuldade no mercado imobiliário, nunca suou para arrendar nem muito menos para construir ou fazer casa.

Os filhos e filhas dessa classe tampouco. “Old money”, escolas e cursos “top”, “Gant” e carrinhos aos 16 anos, se for preciso. Essa miudagem nunca sentirá dificuldade em arrendar, comprar ou construir casa.

Agora, o zé povinho, o triste cujos impostos sustentam isto tudo e que vive em modestas casas, apartamentos em bairros sociais, etc., ai dele ter filhos! Uma política “anti-natalidade” como esta nunca se viu. O zé povinho não fica sem a casa, mas o filho dele NUNCA vai conseguir sair da casa dos pais. Uma segregação como esta nunca se viu. Guetos para pobres e toda a gente bate palmas. Pão com ranço e toda a gente abana bandeiras . A Madeira é para os madeirenses e o governo tem a obrigação de intervir no setor. Faz isso com o preço dos combustíveis, porque é que não faz na subida desenfreada dos preços? Deixem que a guerra pelos preços se faça dentro do mercado turístico. Os alojamentos locais deviam ficar contentes com o fim da conceção de mais licenças. Significa que podem aumentar os preços. Viva a ganância! E é assim que se vota?!

João Pestana