ADN considera que deliberação do TC sobre o Chega ataca a democracia e justiça
O ADN Madeira considera, através de comunicado, que a deliberação do Tribunal Constitucional sobre a validade da candidatura do Chega às eleições Regionais é "similar ao que acontecia com os crimes de violência doméstica e faz recordar o que essas vítimas sofriam antes deste crime ter passado a ser um crime público". Isto porque, de acordo com o partido, "o crime existia, as pessoas sabiam quem era o criminoso, a vítima sofria e às vezes até morria, mas ninguém podia apresentar queixa para salvar a vítima, pois só a vítima é que o podia fazer".
Tribunal Constitucional mantém candidatura do CHEGA
O Tribunal Constitucional divulgou, esta manhã, um acórdão em que rejeita os recursos apresentados contra a aceitação da candidatura do CHEGA às eleições regionais de 24 de Setembro.
As declarações surgem porque, segundo o ADN, o TC "recusou deliberar sobre a validade das deliberações dos órgãos que foram considerados invalidamente eleitos e que para o fazerem devia ser através de outro processo que não o eleitoral e apresentado por militantes do partido".
O ADN considera que o Tribunal Constitucional deliberou da mesma forma que muitos dos juízes do passado deliberavam contra as vítimas e, em alguns casos, até culpavam a vítima dos crimes que elas sofriam, sendo que, neste caso, a vítima são duas, a Democracia e a Justiça, ADN
No entanto, o partido diz retirar uma coisa positiva desta deliberação: a confirmação de que o ADN é "o único partido que combate um regime corrupto e que o partido CHEGA pertence ao tal Sistema que diz combater, porque foi esse Sistema que hoje o defendeu e, por isso, a vitimização que o seu líder tem feito ao longo de 4 anos, percebe-se que serve apenas para obter tempo de antena e enganar aos mais incautos, pois ficou provado que é um protegido de tudo aquilo que diz ser contra".
"Por último, lamentamos o estado da (in)justiça que temos em Portugal, onde quem está em situação ilegal, e não é o partido ADN que diz isso, é o Tribunal Constitucional, possa aproveitar-se do pior que o sistema judicial tem e ir a eleições. Ora, se isto não é representativo de estarmos numa verdadeira república das bananas, é o quê?", termina.