Suspeito da morte do rapper Tupac Shakur detido e acusado de homicídio
Um dos suspeitos do assassinato do rapper norte-americano Tupac Shakur, em 1996, foi detido sexta-feira e acusado de homicídio 27 anos após a morte do músico, informou a polícia do estado do Nevada.
Duane Davis, conhecido como Keffe D, atualmente com 60 anos, foi líder dos South Side Compton Crips, um bando de Los Angeles rival dos Mob Piru, a que estava ligado Suge Knight, o fundador da editora de Tupac, a Death Row, e que se encontrava no carro do rapper quando este foi baleado, em 07 de setembro de 1996.
O suspeito, único detido pelo envolvimento na morte do músico de 25 anos, publicou em 2019 um livro de memórias onde admitiu ser testemunha do crime e contou estar no banco da frente do carro de onde saíram os quatro disparos, do banco de trás.
Segundo a polícia de Las Vegas, cidade onde Tupac foi baleado, Duane Davis "era o cérebro deste grupo de indivíduos que cometeram este crime e orquestrou o plano que foi implementado" para o levar a cabo.
A publicação das memórias de Duane Davis e as várias entrevistas que deu em 2018 permitiram progressos na investigação.
O responsável da polícia de Las Vegas Jason Johansson disse que, através desses relatos públicos, o suspeito "forneceu o seu próprio conjunto de declarações que são completamente consistentes com as provas" recolhidas pelos investigadores.
Os novos indícios levaram a polícia a fazer buscas em casa da mulher de Duane Davis, em junho, no Nevada.
A polícia acrescentou que, na noite do crime, perpetrado quando o carro do rapper estava parado num semáforo, foi Duane Davis a dar aos outros passageiros que seguiam na viatura a arma com que Tupac foi baleado e lhe provocaria a morte, dias depois, em 13 de setembro.
O rapper tinha assistido em Las Vegas a um combate de boxe de Mike Tyson na companhia de Suge Knight, que nessa noite esteve envolvido no espancamento do sobrinho de Duane Davis nos corredores do recinto.
Apesar de a polícia ter conhecimento destes acontecimentos, as autoridades não tinham conseguido reunir as provas necessárias para iniciar um processo judicial.