Líder do PS acusa Albuquerque de andar “desfasado da realidade” em três problemas
O líder do PS e cabeça-de-lista às eleições regionais, Sérgio Gonçalves, acusou, esta manhã, o presidente do Governo, Miguel Albuquerque, de estar “desfasado da realidade” sobre os problemas de despovoamento, habitação e redução de impostos no nosso arquipélago, tendo sugerido a adopção de novas estratégias para lidar com dificuldades que se verificam nestas áreas.
A posição da candidatura socialista foi assumida numa iniciativa de pré-campanha promovida no Santo da Serra, uma das freguesias com o problema do despovoamento. Na última década perdeu “cerca de 12% da sua população”, segundo refere uma nota de imprensa divulgada pelo PS. Ora Sérgio Gonçalves considera fundamental uma estratégia que passe por dinamizar actividades que criem emprego e promovam rendimento para as pessoas que se fixam nos territórios rurais. Defendeu maior atenção ao sector primário, com valorização dos produtos regionais e aumento dos rendimentos dos agricultores, de modo a evitar o abandono desta actividade eminentemente rural. Sugeriu a criação de cadeias curtas de comercialização e “o aumento dos preços dos produtos pagos pelo Governo Regional aos agricultores, nomeadamente na banana e na cana-de-açúcar, e a aquisição de produtos regionais por parte do Executivo para as escolas, hospitais e cantinas públicas”.
Numa reacção à entrevista a Albuquerque que foi publicada na edição de hoje do DIÁRIO, o dirigente máximo do PS lançou críticas ao presidente do Governo, designadamente ao facto de voltar a dizer que não baixa o IVA. “Se o IVA baixar, o dinheiro não sai da Madeira. Deixa é de estar nos cofres do Governo Regional, para estar no bolso das pessoas que tanto precisam neste momento”, esclareceu Sérgio Gonçalves.
O líder socialista denunciou ainda a falta de estratégia para a habitação, censurando o facto de Albuquerque dizer que a solução para o sector será rápida. Isto, quando são os próprios membros da empresa pública IHM que “dizem que, com os milhões do Plano de Recuperação e Resiliência investidos em habitação, apenas se vai resolver 30% das carências”.