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Regionais 2023 Madeira

"O processo que incorre contra Joaquim Sousa é apenas a ponta de um iceberg de perseguição"

A afirmação é de alguns comissários políticos nacionais do Pessoas-Animais-Natureza (PAN)

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Alguns comissários políticos nacionais do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) manifestam "a sua profunda indignação relativamente à purga interna que incide sobre a pessoa do porta-voz regional da Madeira Joaquim Sousa". 

"Ficou claro que existiu uma ingerência pessoal da porta-voz nacional na substituição de Joaquim Sousa como cabeça de lista e de mais 44 elementos da candidatura à Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira (ALRAM). A substituição do cabeça de lista não respeitou os regulamentos do partido e perante esta circunstância Joaquim Sousa recorreu ao órgão jurisdicional interno, o Conselho de Jurisdição Nacional, que não deu qualquer resposta ao pedido de parecer sobre a legalidade da substituição.  Este contexto leva Joaquim Sousa a escrever o artigo de opinião 'Porque não voto PAN' (Tribuna da Madeira, 22 de Setembro) onde esclarece os motivos de não votar no PAN no dia 24 de setembro", começam por dizer através de um comunicado de imprensa assinado por Nelson Silva, Maria João Sacadura, Rui Alvarenga, Alexandra Miguel, Fernando Geração, Sandra Enteiriço e Fernando Rodrigues. 

E acrescenta: "Ao contrário do que a direcção do partido afirma, não é verdade que o artigo de opinião constitua um apelo ao eleitor para não votar no PAN. Esclarece apenas, publicamente, pois é o único recurso de se fazer ouvir no interior do PAN, os motivos que o levam, individualmente, a não votar no PAN para a eleição da ALRAM. O principal fundamento invocado pela direção nacional carece de rigor e solidez". 

Refere ainda que "apesar de ter deixado de ser o cabeça de lista da candidatura à ALRAM Joaquim Sousa permaneceu, legitimamente, na função de porta-voz regional do PAN Madeira". Nessa qualidade, acrescentam, "obrigatoriamente teria de ser convocado para participar na negociação do acordo entre o PSD-Madeira e o PAN- Madeira"

Mas não, foi colocado à margem! E foi colocado à margem porque Joaquim Sousa não estava disponível para transformar o PAN Madeira na tábua de salvação da maioria absoluta PSD/CDS que os madeirenses e portosantenses recusaram dar".  Comissários políticos nacionais do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) 

E conclui: "O processo que incorre contra Joaquim Sousa é apenas a ponta de um iceberg de perseguição interna aos críticos da atual Porta-Voz nacional. Estão previstos outros processos disciplinares que visam atingir as vozes mais críticas dentro do PAN. Está instalada a caça ao crítico e instituído o delito de opinião, numa clara tentativa de instalar o pensamento único, que felizmente desapareceu de Portugal a 25 de Abril de 1974. Tudo isto num partido que se afirma diferente, empático, compassivo, defensor dos valores da democracia e da transparência".